28 dezembro 2006
26 dezembro 2006
21 dezembro 2006
Boas festas
Do sofá da sala, passei à cadeira dos cinemas. Todos os domingos, sem excepção, ia ao cinema com a minha irmã. Vá se lá saber porquê, os adultos que nos acompanhavam permitiam que víssemos as maiores monstruosidades. Foi nessa altura que assisti aos Kids do Larry Clark, ao Farinelli e ao Odor da Papaia Verde – talvez o maior fastio da minha infância. Mas, foi também nessa altura que vi o Shadowlands – e o meu fascínio pelo Anthony Hopkins começaria aqui – e o Il Postino – que Philippe Noiret descanse em paz.
Os dias deram lugar às noites e passei de criança a adolescente. O meu avô deixou de ser o meu companheiro ideal e a minha irmã começou a ter menos tempo para cinemas. Chegaram os amigos, as idas ao cinema em grupo e o clube de vídeo. Nesta altura, e que me perdoem todos os cinéfilos, era o City of Angels que me enchia o olho. Basicamente, gostava daquilo que me fazia chorar. Mas também adorava aquilo que me metia medo. Pode dizer-se que andava dividida entre os olhos chorosos da Meg Ryan e os olhos sombrios – que ainda hoje me arrepiam – da Kathy Bates no Misery, da Rebecca De Mornay no The Hand That Rocks the Cradle e do tubarão no Jaws. Filmes prodigiosos!
Daquela fase, ainda me acompanham os thrillers que mencionei e o Flashdance do Adrian Lyne. Digam o que disserem, ninguém me tira a minha Jennifer Beals e ninguém me rouba o prazer de guardar filmes como só meus.
E eis que chego, devagar devagarinho, à altura em que descobri o Todo sobre mi madre. Tinha ido ao cinema com a minha prima que já era uma apreciadora do realizador espanhol. De repente, fez-se uma espécie de clique e pude perceber que a minha relação com o cinema estava a começar. Anos mais tarde, olhando para trás, compreendi que foi exactamente naquele momento que comecei a ser cinema.
Seguiram-se as idas à Cinemateca com o meu amigo cinéfilo. Foi lá que fui apresentada ao Persona. Desencadeava-se então o meu amor pelo Bergman. De um momento para o outro, a minha vida tinha novos intervenientes: o Hitchcock e as divas do meu avô regressavam em força, tornavam-se parte do meu dia, invadiam as paredes do meu quarto. A adolescência passou, comecei a devorar as apreciações do Bénard da Costa, atingi o “estado adulto” e acabei a faculdade onde pude ter cadeiras de cinema.
Nestes últimos dois anos, graças à insistência do meu namorado, tenho aprendido a idolatrar realizadores que considerava demasiadamente masculinos. São eles o Francis Ford Coppola e o Martin Scorsese. Vieram juntar-se a outras obsessões como o Billy Wilder, o Manoel de Oliveira, o Nicholas Ray, o Woody Allen e tantos outros e outras.
E quanto a ódios de estimação? Ora bem. Sou uma especialista nessa matéria: desejo que a Julia Roberts e o Antonio Banderas expludam numa bola de fogo. Mas isto sou eu a exagerar, numa espécie de over-acting pessoal.
(Talvez seja a época natalícia que me leva a estas nostalgias… Seja como for, o objectivo deste texto é o de desejar boas festas e um 2007 em grande a todos os leitores do Mise en Abyme.)
Até qualquer dia.
26 novembro 2006
Procura-se vontade
25 novembro 2006
21 novembro 2006
Dualidades
Diz-se por todos os lados mas vou repetir: o último filme de Scorsese é uma obra-prima. Dizem que nos faz viajar até Taxi Driver, Raging Bull, Goodfellas e mesmo Casino. É verdade. Mas, quanto a mim, só pensei nisso depois de sair da sala de cinema. Até lá, mantive-me presa à cadeira. The Departed é um portento de montagem, de manipulação de som, de trabalho interpretativo. The Departed é o filme de um Mestre que sabe o que faz e que, espero, ainda não está cansado de o fazer.
Mas, sejamos justos, The Departed é também um filme de actores. Já mencionei o trabalho de Leonardo DiCaprio a querer encontrar-se, a querer ser alguém mas não é justo que passe ao lado de Matt Damon, de Mark Wahlberg, e de Alec Baldwin (onde andava esse talento?). Os outros, Jack Nicholson e Martin Sheen, são veteranos, capazes de tudo. Seis homens numa viagem até à morte – só dois escapam ao destino e só um alcança o sossego através da vingança.
E mulheres? Como nos grandes filmes de Scorsese, autênticos hinos ao mundo masculino, há sempre uma mulher que encadeia, que seduz, que vicia. Tivemos Cybill Shepherd, Cathy Moriarty e Sharon Stone. Agora temos Vera Farmiga – doce, compreensiva mas também inflexível. Mulher de cabelos e olhos claros, decidida igualmente a encontrar um rumo. No fim de contas, talvez o tenha encontrado na justiça moral.
E o que escrever mais sobre um filme assim? Nada. O filme falará por si.
17 novembro 2006
Há planos assim – X
Quem o viu e quem o vê
Romain Duris tem 32 anos. Nos últimos quatro anos, poder-se-ia dizer que o actor vindo de França tem invadido as salas de cinema da Europa. E ainda bem que assim é. Melhor ainda é vê-lo lado a lado com Louis Garrel, mais novo do que Duris e tão inolvidável desde o último Bertolucci. Juntos numa espécie de road movie pedestre, intitulado Dans Paris, em que Garrel vagueia por Paris ao mesmo tempo que Duris deambula pelo passado. Viagens que proporcionam aventuras sexuais a um e momentos de exaltação musical a outro, ao som de Kim Wilde.
Mas, antes das viagens, há momentos em que assistimos às discussões de Romain Duris com a namorada. Aí, parece que tudo se diz e que nada fica por dizer, como se assistíssemos à maior prova de frontalidade e de sinceridade entre dois amantes. Mas não. No amor, e isto parece ser um dos pontos fortes de Christophe Honoré, nunca se diz tudo, nunca se resolve tudo e nunca se ganham certezas perenes.
08 novembro 2006
Sorte – II
Com tantos filmes
01 novembro 2006
Sorte – I
Filoctetes, de Sófocles
De 19 de Outubro a 26 de Novembro de 2006
Teatro da Cornucópia, Lisboa
3ª a sábado às 21:30 e domingos às 17:00
29 outubro 2006
Choque no Doc Lisboa
(Bonito foi quando a bela da Sílvia resolveu dizer, em plena sessão de encerramento, Vou dar o meu melhor para falar inglês.)
28 outubro 2006
Há planos assim – IX
23 outubro 2006
22 outubro 2006
A propósito de Little Miss Sunshine…
- Sempre que me apetece, posso entrar na cabeça do John Malkovich e provar a todos que a Cameron Diaz sabe ser uma grande actriz;
- De cada vez que pretendo achincalhar alguém, vem-me à cabeça que o Charlie Kaufman e o Nicolas Cage já foram a mesma pessoa;
- Quando sinto um certo desânimo em relação à natureza humana, lembro-me dos choques eléctricos por cada talher falhado;
- Durante grande parte da minha vida, fiz figas para acordar com o cabelo azul e viver um eternal sunshine of the spotless mind. Até que aconteceu!
- Passei a olhar para as crianças com um ar desconfiado em relação à sua vida anterior;
- Já acredito que uma viagem num pão de forma pode ajudar a compreender aqueles que me rodeiam;
- Gosto especialmente do elogio aos falhados – a fazer lembrar o Nicholas Ray de outras eras;
- Regozijo-me de, em plena era dos efeitos especiais, haver pessoas que procuram compreender o ser humano;
- Posso sentar-me na sala de cinema e conviver com pessoas (e não com personagens);
- Gosto de enfrentar todas as construções, reais ou irreais, que vou conservando na minha memória desde criança;
- Sabe sempre bem rir às gargalhadas com humor original e inteligente;
- Aplaudo certas cenas finais que fogem de toda a espécie de clichés baratos;
(… a completar …)
16 outubro 2006
13 outubro 2006
Não resisti...
12 outubro 2006
Para quê verdades?
08 outubro 2006
The Pillow Man
O autor – Martin McDonagh nasceu em 1970, em Londres. Em 2003 escreveu The Pillowman, peça galardoada com o Prémio Lawrence Olivier no ano seguinte.
O encenador – Tiago Guedes nasceu em 1971. Estreou-se na longa-metragem em 2005 com Coisa Ruim. É realizador de inúmeros telediscos e ganhou vários prémios em festivais nacionais e internacionais.
Algumas perguntas – Qual a responsabilidade de um artista pelo seu trabalho? Pode um artista ser culpado pelos sentimentos que o seu trabalho provoca? E se alguém agir segundo esses sentimentos, quem é o responsável afinal?
Lembro-me de ter pensado, depois de ter visto o Coisa Ruim, que estávamos na presença de um homem que parecia nada temer. Esse homem chama-se Tiago Guedes. Com o mesmo à vontade com que realizou uma das mais inquietantes histórias portuguesas, sem precisar de recorrer aos clichés paranóicos de tantos realizadores da nossa praça, envolveu-se agora, sem recear consequências, na encenação de um texto perigoso. Porquê perigoso? Porque talvez ainda haja muita gente que não está preparada para enfrentar a verdade que é exposta por Katurian, todo bondade e frontalidade e, ao mesmo tempo, todo perversidade e brutalidade.
Por isto, sugiro (ordeno!) que vão ao Teatro Maria Matos. (Lembrem-se de que o teatro tem o lado sedutor de ser irrepetível e não percam The Pillow Man.)
06 outubro 2006
Anuário de Vinhos 2007
O Anuário de Vinhos 2007 é o resultado distanciado e objectivo da prova cega de mais de 2500 vinhos de mesa portugueses, incluindo ainda a classificação de Vinho do Porto, Moscatéis, Vinho da Madeira e Colheitas Tardias.
Começa a ser hora de mudarmos o discurso de “o vinho está caro”. O que está caro são os vinhos que todos querem comprar. São estes vinhos de que muito se fala e que poucos bebem que se tornaram responsáveis por alguns preços exorbitantes que reflectem, mais do que a qualidade, a procura que têm pelos consumidores com forte poder de compra.
Se quer um conselho – esqueça estes vinhos – pelo menos na maioria das suas compras. Eles não o “levam ao céu”, assaltam-lhe sem piedade a carteira e quando chega a hora da verdade não lhe dão muito mais prazer que outros vinhos bem mais baratos.
“para poder comprar vinhos bons e saber compará-los, adquira o Anuário de Vinhos, da Biblioteca do Vinho das Edições Cotovia.”
“o que me interessa é saudar João Afonso, que partilha connosco a sua sensibilidade de grande provador e toda a sua extraordinária cultura vinícola no recém-publicado Anuário de Vinhos.”
“O Anuário de Vinhos é de consulta obrigatória, ao menos para os apreciadores que, ao prazer de beber vinhos, gostam de juntar o de aprender mais sobre eles.”
João Afonso nasceu em 1957. Tendo sido primeiro bailarino do Ballet Gulbenkian, é há alguns anos redactor da Revista de Vinhos. Crítico de vinhos, produtor de vinhos e de azeite, João Afonso publica, desde o ano 2000, o seu Anuário de Vinhos, que rapidamente se tornou numa referência de grande qualidade no panorama nacional.
04 outubro 2006
01 outubro 2006
You' ve never seen me
Num filme inteiramente devoto a Thomas, é sobre nós que pensamos. Mais uma vez o cinema encaixado em nós, a reproduzir a nossa própria vida, a fazer-nos criar fantasmas. Umas vezes criados, outras vezes destruídos. Será sempre uma viagem alucinante ao fundo de nós mesmos. Nem poderia ser de outra forma. Quando é de outra forma, perde o sentido. Depois de paranóicos e desnorteados, presenciámos um jogo de ténis. (Andam sempre à procura da verdade e da realidade. Sempre. Precisam que o cinema seja convincente. Mas porquê?)
E quando surge o the end, ainda rodamos a cabeça de um lado para o outro. Porque é assim que se vive o cinema.
29 setembro 2006
Desconcertante
É difícil prender na rigidez duma classificação este conservador liberal que distingue como exemplar o labor de alguns colegas parlamentares comunistas; que se correspondeu com Jorge de Sena ou com José Rodrigues Miguéis; que destrói numa penada essa espécie de claques de futebol que são as Juventudes Partidárias – tudo isto num estilo claro e saboroso, num tom muitas vezes ridente e aqui e ali não limpo de algumas culpas.
A sua não é uma história pessoal de infortúnios, embora tenha descido aos infernos na cilada em que Abril de 74 cedo se tornou; e a eloquência vernacular, admite, foi apurada ali, no curso forte das circunstâncias. Mas não só. Nascido bem, a família garantiu-lhe uma educação invulgar; o seu espírito fez o resto. Apurou a inteligência no estudo dos antigos; Doutor em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa, aí ascendeu a Professor Catedrático ainda com 40 anos de idade (1974) e aí foi Reitor (entre 1979 e 1983). Infatigável na aprendizagem, domina as principais línguas estrangeiras, convive com intelectuais e políticos da mais variada proveniência. Homem de cultura cita com a mesma facilidade Damião de Goes, Henrik Ibsen ou Drummond de Andrade. Tem o instinto da graça, que cultiva sem parcimónia, com a mesma irreverência com que confessa nunca estar imune aos encantos do sexo oposto. Mas nem esses inevitáveis arrebatamentos, nem as suas proverbiais cóleras, parecem falar em seu desabono. Na verdade, só se pronuncia com conhecimento de causa.
E tem-no. Parlamentar na Europa e na Assembleia da República (para a qual se fez eleger, pelo CDS-PP, no distrito de Setúbal, «onde até os gatos são vermelhos»), pode aí comprovar quotidianamente aquilo de que já suspeitava, pois sempre foi homem de acção política. É ao seu reflectido e interveniente desassombro, e ao dos seus companheiros de luta, que se deve em grande parte o que é hoje o associativismo agrícola do país, e bem mais do que isso: a manifestação popular que, em 24 de Novembro de 1975, dividia Portugal ao meio, ostensivamente recusando-se a ser mais uma província soviética. Professor catedrático, Reitor, analisa retrospectivamente o meio universitário, também ele minado por uma competitividade tantas vezes torpe. Gestor agrícola, amante da Natureza, fundador da CAP, conhece os problemas da agricultura portuguesa como poucos, e no campo passa por «engenheiro».
A que se deve a nossa histórica inadaptabilidade às formas superiores de civilização? É uma das perguntas condutoras desta narrativa, que arranca pessoal, com a deliciosa descrição de uma família de grandes senhores da terra alentejanos, espelho de uma parcela pequeníssima do país, e de uma época, o início do século XX.
Aos 72 anos, Raul Miguel Rosado Fernandes diz-se desenganado com o incerto caminho do mundo. Mas o que as suas Memórias também atestam, escritas de cabeça (escritas de cor), é a vontade de não desistir por parte de quem, apesar de tudo, sempre se desdobrou em desvelos para com o país natal. Este testemunho, nítida contenda com o país institucional, é o arremesso do punho (o mesmo punho que inaugurou historicamente o confronto físico no hemiciclo do Parlamento Europeu) que insiste em provar que, na política, nem tudo é glosa do mesmo mote. Que crie, portanto, algum alvoroço."
26 setembro 2006
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24 setembro 2006
Homenagem à beleza etérea – VI
22 setembro 2006
17 setembro 2006
Aviso à tripulação
03 setembro 2006
Exercício “poético”
Já gastei as palavras pela rua,
Tantos elogios, tantas estupefacções,
E o que ficou é uma torturante admiração pelo teu talento.
Gastei os olhos com o sal das lágrimas,
Gastei-os contigo por seres Charlotte
- I just don’t know what am I supposed to be -
Voltei a gastá-los quando decidiste ser Pursy Will
- But I really don't want to know –
Meto as mãos na memória e recordo-me de ti naquela fotografia
A mais perfeita de todas
- Just one moment can change everything –
Mas isso era no tempo dos segredos,
Era no tempo em que as tuas personagens eram só minhas,
Era no tempo em que eu acreditava que as tuas personagens eram só minhas.
Hoje são “apenas” personagens.
Não é pouco, mas é verdade,
Personagens minhas e de todos.
Conheci-te quando eras Rebecca.
Acho que te conheci quando eras Rebecca.
Ou terá sido quando eras Rachael e o piano teimava em não soar bem?
Já não sei. Também já não importa.
O passado é inútil como um trapo.
Aquilo que interessa é que continuas a ser.
És Griet, Meg, Alex, Nola e até mesmo Two Delta.
Pouco me importa. Desde que permaneças.
Até breve.
Fotografia retirada daqui.
Poema original de Eugénio de Andrade.
29 agosto 2006
A um amigo
O Amigo
Era bom encontrar o amigo
No Café, onde estava a olhar
Com um gesto elegante e ambíguo
Para o fumo a sumir-se no ar.
A poesia era o tema dilecto
Da conversa que o tempo engolia.
O real, o preciso, o concreto
Nem sabiam que a gente existia.
Nada era para nós maculado,
Nem um só sentimento era fosco:
Porque havia outra luz, outro lado,
E o mistério morava connosco.
Tudo isto foi antes de Orfeu
Ter levado o encanto consigo.
Esse amigo está vivo – e morreu.
(E de mim, que dirá esse amigo?)
Carlos Queiroz (dedicado a Fernando Pessoa)
17 agosto 2006
Mais achas para a fogueira
14 agosto 2006
Encontros
Para a Ana, por ter tanta coragem.
Cathy Brenner: [while Melanie is playing the piano] I still don't understand how you knew I wanted lovebirds.
Melanie Daniels: Your brother told me.
Lydia Brenner: Then you knew Mitch in San Francisco. Is that right?
Melanie Daniels: No, not exactly. [grabs a cigarette out of an ashtray]
Há planos assim - VIII
27 julho 2006
Com os olhos bem abertos
Diz-se que Truffaut terá eleito Sunrise como "o mais belo filme de sempre". É de facto um filme belíssimo na maneira como se dedica ao arrependimento e à redenção mas prefiro nomeá-lo o mais esperançoso de todos os filmes. Ou, se quiserem, o filme em que tudo é perdoável e possível.
E esta, hein?
The Movie Of Your Life Is Erotic Thriller |
You've made your own rules in life - and sometimes that catches up with you. Winding a web of deceit comes naturally, and no one really knows the true you. Your best movie matches: Swimming Pool, Unfaithful, The Crush |
14 julho 2006
12 julho 2006
Ela faz cinema
03 julho 2006
Homenagem à beleza etérea - V
01 julho 2006
Inacreditável
Gostava de ter sido eu a dizê-lo
27 junho 2006
Dupla vénia
26 junho 2006
Bendita última página!
18 junho 2006
Hey You
É bom que decoremos este nome rapidamente. Já o devíamos saber de cor desde que assistimos a The Life Aquatic with Steve Zissou mas ainda vamos a tempo de nunca mais o esquecer.
Insubstituível desde The Purple Rose of Cairo.
Sempre gostei de a ver como mulher de homens rijos.
Primeiras considerações
17 junho 2006
Comentário a um amigo
b) Tecnicamente, o filme até pode lembrar um videoclip (e o facto de isto ser um ponto negativo é discutível) mas tem uma qualidade evidente: um bom trabalho de mise-en-scène a fazer lembrar o recente Red Eye do grande Wes Craven.
c) Concordo com uma frase da Visão Online: a pedofilia é um assunto delicado. Indo mais longe, nunca aceitei que se etiquetassem todos os pedófilos como criminosos macabros. Daí que a ideia de conceber uma justiceira de crianças abusadas não me convença. (Será que há uma real proximidade entre o caso de Roman Polanski, mencionado no filme, e a história do homem que violava a sobrinha de oito anos?)
d) Ellen Page vicia e faz com que todas as atenções recaiam sobre ela. A primeira sequência, em que a vemos a conversar com o fotógrafo num café, fez-me ter a certeza de que estávamos na presença de uma actriz. A sua capacidade de nos fazer confundir ingenuidade com perversidade pareceu-me bem mais relevante do que todas as outras habilidades que executa ao longo do filme.
e) O mistério que envolve esta capuchinho vermelho vingativa reúne mais perversidade do que todas as cenas supostamente perversas. Quem é esta adolescente? De onde vem? O que a move? Nunca saberemos e ainda bem. Gosto de filmes que não apresentam soluções.
15 junho 2006
Suposição matinal
04 junho 2006
Um murro no estômago
20 maio 2006
The Aristocrats
07 maio 2006
Proposta editorial
"O Cine Guia® 2007, dedicado aos filmes disponíveis no mercado português no formato de DVD, vai estar nas livrarias e em diversos outros pontos de venda a partir de Outubro de 2006, representando um poderoso estímulo para a compra e o aluguer de DVDs.
O Cine Guia® 2007 é da autoria do crítico de cinema e jornalista Miguel Lourenço Pereira, criador do blog Hollywood, tendo prefácio de Mário Dorminsky, fundador e director do Festival Internacional de Cinema do Porto/Fantasporto.
O Cine Guia® 2007, que terá o formato de um estojo de DVD, para facilitar a arrumação em casa junto dos DVDs como livro de consulta, terá distribuição nacional em livrarias e outros pontos de venda de revistas e de jornais, em hipermercados e áreas de serviço.
Esta iniciativa editorial – que terá continuação nos anos seguintes – é um projecto profissional que descende directamente do anuário Video 89, Video 90, Video 91, Video 92 e Video 93, em que colaboraram especialistas portugueses (jornalistas e críticos de cinema), e insere-se na tradição dos «movie guides» que proliferaram nos EUA e que tanto êxito obtiveram nos países de língua inglesa, fornecendo ao público uma informação eficaz sobre o que existe no cinema, em sala e em casa («home cinema» e TV)."
06 maio 2006
Dois lados da razão
23 abril 2006
Vício cinéfilo
A Melhor Juventude, filme assinado por Marco Tullio Giordana, foi uma aposta do Cinema King que demorou pouco tempo até se transformar num autêntico acontecimento cinematográfico. De um momento para o outro, e quase inexplicavelmente, o público português aderiu em massa a este filme e deslocava-se ao King para ver as duas partes, cada uma com 3 horas de duração.
Desculpem...
Até breve!
29 março 2006
E agora...
27 março 2006
Homenagem à beleza etérea - IV
A morte aqui tão perto
E foi assim que, por esta vez, Ingmar Bergman se despediu de nós, espectadores confiantes na busca pelo sentido da vida.
E, assim, as Lágrimas e Suspiros se desvanecem.
23 março 2006
Quando o talento é descoberto
Presley Chweneyagae
Terry Pheto
Parabéns pelo Óscar!