30 outubro 2012

O Gebo e a Sombra


O texto de O Gebo e a Sombra passa-se num só lugar. Eu é que alarguei um pouco o espaço para o exterior. Na peça de teatro não há rua nem mudança de cenário, não era viável. É a diferença entre o teatro e o cinema: o cinema é mais amplo; menos amplo que a literatura, mas muito mais amplo que o teatro. As personagens esperam, de facto, que alguma coisa aconteça ao mesmo tempo que desejam que nada de mal sobrevenha. A felicidade é, como se diz no filme, não acontecer coisa nenhuma e nos meus filmes pouco ou nada parece acontecer. E, no entanto, acontece. Como podemos explicar a vida? A vida não tem explicação, acontece. 
Entrevista de Manoel de Oliveira ao Jornal de Letras, a propósito do seu último filme.

Quanto a mim, já não gostava tanto de um Oliveira desde o Vou para Casa.
Longa vida ao Mestre!

28 outubro 2012

Açores, a serenidade mora aqui






Depois de São Miguel e do Pico, chegou a altura de conhecer a ilha de Santa Maria, terra de gente hospitaleira e generosa. Mais um paraíso verde e azul. Se algum dia tivesse de viver fora de uma cidade, gostaria de assentar arraiais nos Açores. 
As fotografias são da querida Joana Pereira

23 outubro 2012

Definição de flop


O filme The City of Your Final Destination. Nada o salva. Nem mesmo a fragilidade de Charlotte Gainsbourg, a dicção perfeita de Anthony Hopkins ou a presença da minha querida Alexandra Maria Lara. Uma completa perda de tempo.

22 outubro 2012

Rubem Fonseca, aquele da “implacabilidade de raciocínio”



(E que bem que me soube ler estes artigos, assim aos poucos e poucos.)    

Brasileiro, filho de emigrantes portugueses, leitor voraz, cinéfilo entusiasta, apaixonado por vinho, mulheres, exercício físico e computadores. Prémio Camões em 2003. Escritor de três livros de que gostei imensamente - O Caso Morel, A Grande Arte e O Seminarista -, e responsável por um estilo literário que reflete como poucos sobre a morte e o erotismo. 
Neste momento, tenho três desejos: (1) ler a sua obra completa; (2) ver todas as adaptações televisivas e cinematográficas dos seus livros; (3) encontrá-lo num dos seus passeios matinais pelas ruas do Rio de Janeiro. O terceiro é o mais difícil de concretizar. Mas sonharei, pois claro

06 outubro 2012

Linhas de Wellington




Apesar de ser um projeto demasiado ambicioso, que acaba por fraquejar devido às muitas histórias paralelas e às inúmeras participações especiais de atores afamados, a verdade é que o recente Linhas de Wellington tem o mérito de dar a conhecer uma personagem atrevida e picaresca, de seu nome Clarissa Warren, que fez com que saíssemos da sala de cinema com vontade de saber mais sobre a apetecível Victória Guerra, a jovem atriz que lhe dá corpo e expressão. Um nome a reter. 

03 outubro 2012

Oslo, 31 de Agosto

Haverá alguém que precise de nós?