Estávamos em 1983 quando Adrian Lyne realizou a obra que viria a marcar toda uma geração: Flashdance. O filme contava-nos a história de uma jovem bailarina, cujas maiores aspirações passavam pelo reconhecimento artístico e pela realização amorosa.
Há quem tenha descrito esta película como “um argumento medíocre, cheio de clichés” e a verdade é que o mérito de Flashdance não está relacionado com um enredo excepcional e nem com um elenco radioso (excepção feita à protagonista). A sua grande qualidade está no facto de ser inesquecível. Há alguém que não reconheça o tema musical “What a Feeling”, vencedor do Óscar de melhor canção original? Há alguma pessoa que não se recorde das muitas acrobacias de Jennifer Beals? O próprio Nanni Moretti, em Caro Diario, procura-a desesperadamente pelas ruas de Roma, numa inesperada homenagem.
Nenhum outro filme de Adrian Lyne, nem mesmo Nine 1/2 Weeks, Fatal Attraction ou Lolita, alcançou o estatuto deste. Flashdance transformou-se numa obra evergreen. É um daqueles objectos culturais que, graças ao seu carácter actual e duradouro, permanece na memória universal de uma forma sempre-verde. Quem de nós nunca reparou nos inúmeros plágios que têm sido feitos a partir da sequência final ou das cenas nocturnas de Jennifer Beals?
Flashdance, filme de ritmo e de movimento, foi trazido até nós no princípio da década de 80 e continuará a vencer, ao longo dos anos, a batalha de não ficar esquecido num ponto fixo da linha cronológica.
2 comentários:
O objecto cultural em questao tem o merito de ser o melhor e o mais apaixonante documentario sobre os eighties... nada mais.
Quanto ao vosso blog, faz as minhas delicias! Um grande bem-hajam! E' edificante constatar que a juventude de hoje sabe escrever e tem opinioes fundamentadas para dar.
Espero vir a comprar a tua revista de cinema, magnifica Mafalda! Tens um indubitavel olho para a coisa.
Olá!
Nunca vi, mas tenho de tratar disso rapidamente! Depois de ler este artigo fiquei ainda com mais vontade! Também vos dou os parabéns, para mim são os dois magníficos ;)
Beijinhos e continuem
Nabur
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