"You see, there are two of you. One that kills and one that loves."
Apocalypse Now - um filme de viagem, não só de Benjamin L. Willard, mas do Homem, em plena auto-destruição. Um Homem nihilista, da beira da loucura à loucura ela mesma, de uma visão estratégico-superior de poder divino, necessariamente destruidor desse mesmo Deus.
"They were gonna make me a major for this, and I wasn't even in their fucking army anymore."
Na barreira fina, a mais fina de todas, entre "sanidade" (ou cegueira) e loucura, a fronteira mais bela do Mundo (tão bem filmada neste filme) é uma de desafio, de limites. Os que se acabam por quebrar, que nos colocam sozinhos, sem ninguém para onde nos virar. O Homem só, na sua "loucura", no perigo fatal do absurdo do Universo.
O absurdo é real, a realidade não existe. Mas nós não vemos. Lutamos no Nada, no vazio, o nulo sem regras. Tanto por máscaras, as da guerra, ou sacrifícios, os do ritual.
"You are fighting for the biggest nothing in history".
Talvez por estas e por estes nos encontremos mais, e nos coloquemos melhor no verdadeiro lugar da violência, única estrutura real e permanente em todo o Homem. Aqui o medo não existe. E dá lugar à nossa realidade. É sempre à nossa violência que somos chamados, numa paisagem inteira destruída, numa dança wagneriana de máquinas construídas pelo Homem, num "purple haze" que nos queima a alma. E assim nos tornamos em Fogo.
"The horror. The horror..."
E no nosso surrealismo somos seres verdadeiros, vemos mais que outros, e tanto renascemos para morrer outra vez, numa solidão fatalmente reencontrada. É esta a nossa selva, lugar de misticismo e viagem, para destruir o sonho, na guerra da nossa natureza. No fim de tudo que se institui, no fim de tudo que se sustém. Por de lá de todos os limites.
"This is the End".
Apocalypse Now - um filme de viagem, não só de Benjamin L. Willard, mas do Homem, em plena auto-destruição. Um Homem nihilista, da beira da loucura à loucura ela mesma, de uma visão estratégico-superior de poder divino, necessariamente destruidor desse mesmo Deus.
"They were gonna make me a major for this, and I wasn't even in their fucking army anymore."
Na barreira fina, a mais fina de todas, entre "sanidade" (ou cegueira) e loucura, a fronteira mais bela do Mundo (tão bem filmada neste filme) é uma de desafio, de limites. Os que se acabam por quebrar, que nos colocam sozinhos, sem ninguém para onde nos virar. O Homem só, na sua "loucura", no perigo fatal do absurdo do Universo.
O absurdo é real, a realidade não existe. Mas nós não vemos. Lutamos no Nada, no vazio, o nulo sem regras. Tanto por máscaras, as da guerra, ou sacrifícios, os do ritual.
"You are fighting for the biggest nothing in history".
Talvez por estas e por estes nos encontremos mais, e nos coloquemos melhor no verdadeiro lugar da violência, única estrutura real e permanente em todo o Homem. Aqui o medo não existe. E dá lugar à nossa realidade. É sempre à nossa violência que somos chamados, numa paisagem inteira destruída, numa dança wagneriana de máquinas construídas pelo Homem, num "purple haze" que nos queima a alma. E assim nos tornamos em Fogo.
"The horror. The horror..."
E no nosso surrealismo somos seres verdadeiros, vemos mais que outros, e tanto renascemos para morrer outra vez, numa solidão fatalmente reencontrada. É esta a nossa selva, lugar de misticismo e viagem, para destruir o sonho, na guerra da nossa natureza. No fim de tudo que se institui, no fim de tudo que se sustém. Por de lá de todos os limites.
"This is the End".
1 comentário:
Não sei e foi pela razão de ter sido transmitido na RTP que levou a escrever sobre o filme.
Gostava de salientar que a versão que deu na RTP foi uma versão nova do realizador Francis Ford Coppola com algumas alterações.
Não acrescentou muito mais.
Pois o filme é simples Sublime.
David (Matiné)
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