Billy Wilder, algures na sua carreira, enunciou dez mandamentos relativos ao cinema - “Os primeiros nove são não maçarás. O décimo é terás o direito à montagem final.” Inspirada nas sábias palavras do realizador, gostaria de prestar homenagem a todos os cineastas que, tal como Billy Wilder, contaram histórias inesquecíveis, prendendo o espectador do princípio ao fim sem nunca o maçar. Antes de começarmos, gostaria de avisar que M. Night Shyamalan não fará parte deste tributo. Pertenço à minoria de pessoas que boceja ao longo das suas películas e que não ousa compará-lo a Alfred Hitchcock.
Para fazer oposição ao capricho recalcado de subestimar o talento de contar histórias como se isso fosse uma tarefa fácil ou inata a todos os cineastas, apontarei alguns nomes e contarei com a vossa ajuda para fazermos uma lista dos maiores contadores de histórias que o cinema já conheceu.
Em primeiro lugar, quero enaltecer Charlie Kaufman pelo génio, imaginação e vigor que trouxe ao cinema (Parabéns pelo Óscar!) e Martin Scorsese pela sábia capacidade de conferir densidade e complexidade psicológica à maioria das suas personagens (como mero exemplo, recordemos o pintor de New York Stories).
Em seguida, gostaria de referir Woody Allen, pela proeza de encher salas com espectadores sôfregos por mais uma história típica; Spike Lee pelo excelente trabalho de realização que apresenta em Summer of Sam e sem o qual nunca ficaríamos presos à narração; Wolfgang Petersen e The NeverEnding Story por ser um dos melhores momentos da nossa infância e, claro está, Steven Spielberg que, apesar dos seus altos e baixos, sempre se demonstrou um exímio contador de histórias.
Em primeiro lugar, quero enaltecer Charlie Kaufman pelo génio, imaginação e vigor que trouxe ao cinema (Parabéns pelo Óscar!) e Martin Scorsese pela sábia capacidade de conferir densidade e complexidade psicológica à maioria das suas personagens (como mero exemplo, recordemos o pintor de New York Stories).
Em seguida, gostaria de referir Woody Allen, pela proeza de encher salas com espectadores sôfregos por mais uma história típica; Spike Lee pelo excelente trabalho de realização que apresenta em Summer of Sam e sem o qual nunca ficaríamos presos à narração; Wolfgang Petersen e The NeverEnding Story por ser um dos melhores momentos da nossa infância e, claro está, Steven Spielberg que, apesar dos seus altos e baixos, sempre se demonstrou um exímio contador de histórias.
E vocês? Quais os vossos contadores de histórias preferidos?
10 comentários:
Apoiado! Concordo inteiramente!
Estás com problemas de memória... Adoro os Coen, nunca odiei o Tom Waits e já fiz referência ao Scorsese no meu texto...
Agora discordo completamente! Ver o Woody Allen a falar com a mãe presa nas nuvens é que não abona a favor de ninguém... O Scorsese é um grande realizador e a sua contribuição em New York Stories está longe de manchar a sua carreira brilhante. Ou terás alguma coisa contra os Procol Harum?
David Fincher, com histórias sempre surpreendentes (enfim, excepto o mediano "Panic Room"), ou Tarantino, sempre delirante. Kaufman, Spike Lee e Almodóvar, entre muitos outros, também têm universos interessantes...
Tenho muitos, muitos contadores de histórias que admiro profundamente e considero muito inspiradores.Mas destaco Wong Kar-Wai, pela simplicidade e pelas simultaneas franquza e verdade das suas histórias silenciosas. Depois há William Shakespeare, Rembrandt, Grandaddy... Isto para dizer um de algumas das várias artes. É claro que no lugar destes poderiam estar muitos outros, porque bons contadores de histórias é coisa que não falta e acho que nunca faltará.
Com todo o respeito pelo Tom Waits, prefiro outro grande senhor. "'Twas in another lifetime, one of toil and blood...".
Seguindo a tua linha de pensamento, permite-me que acrescente: "But I would not feel so all alone, Everybody must get stoned"...
Agora merecias uma resposta foleira do estilo "Para mim, o cinema é uma droga" mas, como tenho respeito por ti, limito-me a responder "The answer, my friend, is blowin´in the wind..."
Só para ti que tens tanta inspiração:
"How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?"
Esses lindos versinhos fizeram recordar-me aquele pastelão infame que dá pelo nome de "The Messenger: The Story of Joan of Arc", realizado pelo Luc Besson e interpretado pela bela Milla Jovovich... Não é uma boa recordação e não sei quanto tempo levarei a recompor-me de tal choque...
Enviar um comentário