22 dezembro 2009

Desabafo friorento

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Cato van Ee
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... mais uma obra-prima do senhor observador ...

Está frio. Não me apetece fazer nada.
Só consigo pensar no final da quarta série do Dexter.
Ainda bem que há blogs assim.

20 dezembro 2009

Magnífico

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The Brothers Bloom

18 dezembro 2009

Procura-se Mafalda Azevedo

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O ano está no fim e as palavras atropelam-se. Muita coisa aconteceu durante estes últimos doze meses. E, by the way, muitos filmes foram vistos e vividos. O Mise en Abyme andou um bocadinho aos caídos, com poucos posts e nenhuma acção. Às vezes, quando penso nisso, penitencio-me. Mas a verdade é que, no dia a dia, acabo por não encontrar tempo para escrever aqui. E o mundo não pára... Há amigos que são livreiros, uma irmã e uma prima que se casam, uma compincha que se vai embora, um bebé que nasce, estaladas que a vida nos dá, homenagens que se recebem e que não se esquecem...
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Aproveito este post para desejar um feliz Natal e um excelente 2010 a todas as pessoas que, pacientemente, não deixam de aparecer por aqui.
Muito obrigada a todos.
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… but there's something about Mafalda that they don't know …

21 novembro 2009

Where Is My Mind?

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Depois de ter sido parte integrante da banda sonora de Fight Club, eis que uma das minhas canções preferidas ganha uma nova vida (e que vida!).

Para ouvir aqui.

06 novembro 2009

Juliette Binoche

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Foi assim que a conheci e foi assim que me apaixonei.
E ontem estivemos as duas na mesma sala.

Bons tempos

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O Quantos Queres. Jogar ao quarto escuro. Jogar às damas e à bisca com o meu avô e descobrir que só ganhava porque ele deixava. O Macaquinho do Chinês. A Rua Sésamo e o Carnaval em que me mascarei de Poupas. Onda Choc. Jogos sem Fronteiras. Legos. Barbies. Os concursos todos desde o Festival da Canção até à Miss Portugal. A Pequena Sereia. O Bocas. O Super Mário no Game Boy. Top Mais. As aulas de natação. O cabelo à tigela. Dragon Ball e a televisão portátil que eu levava para todo o lado para não perder um combate. Missão Impossível. MacGyver. As canções da Tracy Chapman. Moedas de 25 escudos. Notas de 500 escudos. Tom Sawyer. Agora Escolha. A Tieta e o Roque Santeiro. O Justiceiro. Os Ficheiros Secretos. Beverly Hills 90210. Xena, a Princesa Guerreira. A Turma da Mónica. Os Ace of Base e os 4 Non Blondes. O Captain Planet. Andar de barco no Campo Grande. Dar a moeda ao elefante do Jardim Zoológico. Ir ao cinema todos os domingos. Fazer cadernetas. Coleccionar selos. O Mars, o Toffee Crisp e o ovo Kinder. Os cinco. Os mil presentes no Natal. Ser criança e saber que havia tempo para tudo isto e muito mais. Ter saudades.

17 outubro 2009

Elettra Rossellini Wiedemann

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Filha de Isabella Rossellini.
Neta de Ingrid Bergman e Roberto Rossellini.

15 outubro 2009

Os homens que odeiam as mulheres

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Acabo de ler o primeiro volume da trilogia Millennium. Quando o agarrei, pela primeira vez, numa livraria, fi-lo apenas por curiosidade. Inúmeras pessoas respeitáveis já o tinham lido e gostado. Normalmente, não sou apreciadora de grandes sucessos literários mas, neste caso, algo parecia diferente. Comprei-o e li-o de rompante. Noites mal dormidas, horas de almoço agarrada à história. Agora que acabou, há um sentimento que perdura: o orgulho em ser mulher. Este livro, tal como muitos filmes de Tarantino, tem este condão: elevar a condição feminina a uma escala de quase super-mulher. Lisbeth Salander, Erika Berger e até Harriet Vanger são os exemplos maiores. Acabado o livro, respira-se fundo e acredita-se no futuro.

14 outubro 2009

Agnès Varda na Fnac Chiado

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Agnès Varda nasceu na Bélgica, em 1928, onde passou a sua infância. Durante a adolescência foi para Paris e, ainda muito jovem, tornou-se fotógrafa de teatro.
Em 1954, escreve e realiza a sua primeira longa-metragem La pointe-courte, que contou com o actor Philippe Noiret no papel de protagonista. Este filme, juntamente com Duas Horas na Vida de Uma Mulher (1962), revela a relação da realizadora com o movimento artístico Nouvelle Vague. Seguiram-se filmes premiados como As duas faces da felicidade (1965); documentários de grande sucesso como o mais recente Os Respigadores e a Respigadora (2000) e películas em torno do cineasta Jacques Demy, seu marido e companheiro, como é exemplo O Universo de Jacques Demy (1995).
Em 2008, apresentou As Praias de Agnès, autobiografia em película, que ganhou o César de Melhor Documentário e veio testemunhar a militância feminista da realizadora, as suas viagens pelo mundo, o percurso de produtora independente, a vida em família e o amor pelas praias da sua vida.
A FNAC promove um encontro entre a realizadora e o público cinéfilo, moderado por Vasco Câmara, editor do Ípsilon e crítico de cinema.
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FNAC CHIADO
18 de Outubro, domingo, 19h

15 setembro 2009

13 setembro 2009

Horas, minutos, segundos

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Dias interessantes estes que passam. Horas bem gastas a ver êxitos do Sundance Film Festival, a visitar a exposição Quick, Quick, Slow no CCB – autênticas imagens em movimento – e a viajar até à magnífica sala do Teatro Nacional São João no Porto para assistir ao duelo Nekrosius / Dostoievski.
Partindo do princípio de que um momento pode resumir um espectáculo teatral de mais de cinco horas, falado em lituano e legendado em português, então esse momento teria de ser aquela conversa entre Míchkin – o idiota de Dostoievski – e Rogójin. Aquela mesma conversa em que o Príncipe diz é difícil distinguir a tua raiva do teu amor e em que Rogójin, exacerbado pela sua obsessão, não reage. Uma obsessão demoníaca, intemporal e nebulosa. Uma obsessão que determinará a morte de uma ilusão.
Nesta peça, há personalidades em conflito e amores desacertados. Dois homens que se amam e que disputam uma mesma mulher. Duas mulheres, diametralmente opostas, que lutam por um homem e que se desejam languidamente. É difícil distinguir a tua raiva do teu amor. Assim como é difícil distinguir a ilusão da realidade, o feminino do masculino, o amor do ódio, uma personalidade de outra.
Existem duas portas suspensas e um espelho que, de vez em quando, rodopia. Há canções que consomem o espaço, vozes graves e murmúrios. Talvez não haja amor sem ilusão. Talvez um apaixonado seja sempre alguém que está profundamente iludido e que acredita numa falsa realidade.
No final de um deslumbramento a que chamam teatro de longo curso, quando o fruto da ilusão deixa de fazer parte do mundo terreno, quando as fantasias dão lugar à crueza da realidade, o que sobra de nós?

07 setembro 2009

Alguma individualidade, por favor

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Tenho a certeza de que terei uma apoplexia se continuar a ler mais textos que aclamem Public Enemies e Inglourious Basterds como obras-primas supremas. Estou cansada de ler e reler os mesmos argumentos, naquilo que parece ser a atitude mais bajuladora de que há memória. Não há ninguém que se atreva a levantar o dedo aos americanos Mann e Tarantino e não há ninguém que reme contra a maré. Um aborrecimento.

01 setembro 2009

29 agosto 2009

Do you remember the time?

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Demorei muito pra te encontrar
Agora eu quero só você
Seu jeito todo especial de ser
Eu fico louco com você
Te abraço e sinto coisas que eu não sei dizer
Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?
Tava cansado de me preocupar
quantas vezes eu dancei
E quantas vezes que eu só fiquei
chorei, chorei
Agora eu quero ir fundo lá na emoção
Mexer teu coração
Salta comigo alto e todo mundo vê
que eu quero só você

Foram muitas tardes a cantar esta música. E muitas noites a dançá-la. Éramos meninas de liceu e só queríamos que tudo isto acontecesse. E aconteceu. Parabéns à minha querida e linda Nabur.

27 agosto 2009

Então é assim?

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Mais uma insónia. Ligo a televisão e dou de caras com duas estrelas do meu cinema, a Jennifer Beals e a Cybill Shepherd, a contracenarem numa série sobre lésbicas. Parece que se chama The L Word e que toda a gente sabe o que é. Eu não sabia e achei uma valente porcaria. Duas actrizes a chafurdarem num filme pornográfico que nem se assume como tal. Uma tristeza.

21 agosto 2009

En Tus Brazos

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É hoje! PARABÉNS!

20 agosto 2009

19 agosto 2009

14 agosto 2009

Está na hora

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Luís Miguel Oliveira, crítico de cinema do Ípsilon, já assinou algumas opiniões que me tiraram do sério. Lembro-me sempre da sua má vontade para com A Tale of Two Sisters e do seu desprezo velado pelo enorme Charlie Kaufman.
Hoje, no entanto, é este mesmo homem que assina um texto prodigioso sobre a mais recente longa-metragem dos estúdios de animação Disney/Pixar, Up. Lê-lo assim, tão compassivo e atento, é um prazer imenso. De reter a comparação final que passo a citar:

Mexendo nuns pormenores aqui e ali, não ficávamos longe de um "Gran Torino" em desenho animado. Exagero? Um bocadinho. Mas a justeza e a autenticidade do "trânsito" emocional entre aquelas duas personagens pedem que se exagere esse bocadinho.

Obrigada.

13 agosto 2009

As Praias de Agnès

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Longe do Project Runway e do Sex and the City, guilty pleasures imprescindíveis para a sanidade mental de qualquer indivíduo, desloquei-me até ao novo cinema da Avenida de Roma para assistir ao filme As Praias de Agnès. Cerca de duas horas depois, encharcada em lágrimas e em recordações, saía dessa mesma sala de cinema, de ouvidos postos nos elogios que não cessavam e feliz como se aquele fosse o meu filme e não o de Agnès Varda.
Para qualquer cinéfilo ou curioso que se preze, o nome Agnès Varda é facilmente reconhecível. Seja por ter sido a companheira de Jacques Demy, uma fotógrafa de fibra ou uma referência do movimento nouvelle vague. Qualquer razão é válida para agradecermos a sua existência. E este novo filme, auto-reflexão em película, faz-nos acreditar que a conhecemos e que somos parte da sua obra. Assim como o Philippe Noiret, o Gérard Depardieu, o Harrison Ford, a Jane Birkin, o Fidel Castro e até o Jim Morrison.
Um filme vivo, uma auto-reflexão em película, um prodígio de registos. Varda salta de registo em registo, ora dramático, ora teatral, ora revivalista, ora cómico, ora surrealista, ora burlesco, ora realista, ora romântico, e, nunca, nem por um momento, perde o pé. Nem mesmo quando fala de Jacques Demy. Nem mesmo quando o filma, centímetro a centímetro, tão perto que parece que lhe sentimos o cheiro. Nem mesmo quando anuncia ao mundo que o amor da sua vida morreu de SIDA. Nem mesmo aí. E é por tudo isto, e por muito mais, acreditem, que desejamos que a 10ª Festa do Cinema Francês cumpra o seu propósito e traga esta senhora a Portugal. Se tal acontecer, ficaremos eternamente gratos.
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Que bom se torna reconhecê-la na diferença e na capacidade de mudar sempre, como se tudo recomeçasse a cada filme.
Mário Jorge Torres, Ípsilon de 7 de Agosto

04 agosto 2009

A melhor notícia do dia

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E agora vou ali saltar de contentamento e já volto.

30 julho 2009

Smart People


Há fases na vida em que uma pessoa não sabe de que lado da barricada é que quer estar. E há momentos em que o sabe perfeitamente e não tem vontade de mexer um dedo. E também há alturas, e essas talvez sejam as mais dolorosas, em que nos penitenciamos pelo nosso percurso, pelas escolhas feitas e pelas opções tomadas.
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O Professor Lawrence Wetherhold procurava uma editora para o seu livro e encontrou-a. E até é a Penguin. O problema é que a obra vai ser reduzida a uma peça de escrita discutível e nunca será um volume sério de crítica literária.
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O Mise en Abyme aceita que este não seja o problema central de Smart People. E também aceita que a cena final, de que gostou tanto, passe ao lado das necessidades de afirmação dos espectadores. (Mas não resiste a recomendá-la.)

20 julho 2009

Não posso e não quero perder isto

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Coisas tristes

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Chegar a casa, ligar a televisão e dar de caras com o Mr. T a fazer propaganda a uma maquineta de cozinha chamada Flavor Wave. Longe vão os tempos do Rocky ou da A-Team...

07 julho 2009

30 junho 2009

!!! revista zeronove !!!

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A partir de hoje, podem ler-me AQUI.


(É que está mesmo incrível, não está?)

26 junho 2009

23 junho 2009

Para o A. J.

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A MÃO NO ARADO
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Feliz aquele que administra sabiamente
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará
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Oh! como é triste envelhecer à porta
entretecer nas mãos um coração tardio
Oh! como é triste arriscar em humanos regressos
o equilíbrio azul das extremas manhãs do verão
ao longo do mar transbordante de nós
no demorado adeus da nossa condição
É triste no jardim a solidão do sol
vê-lo desde o rumor e as casas da cidade
até uma vaga promessa de rio
e a pequenina vida que se concede às unhas
Mais triste é termos de nascer e morrer
e haver árvores ao fim da rua
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É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro

É triste no outono concluir
que era o verão a única estação
Passou o solidário vento e não o conhecemos
e não soubemos ir até ao fundo da verdura
como rios que sabem onde encontrar o mar
e com que pontes com que ruas com que gentes com que montes conviver
através de palavras de uma água para sempre dita
Mas o mais triste é recordar os gestos de amanhã
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Triste é comprar castanhas depois da tourada
entre o fumo e o domingo na tarde de novembro
e ter como futuro o asfalto e muita gente
e atrás a vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
É muito triste andar por entre Deus ausente
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Mas, ó poeta, administra a tristeza sabiamente
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Ruy Belo

21 junho 2009

04 junho 2009

1936 - 2009

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David Carradine
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(... e não há maneira de largar o luto …)

03 junho 2009

Pensamento do dia

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Desejo que os poderes do Tim Roth no Youth Without Youth se apoderem de mim para que consiga ver toda a obra do Mike Nichols em quinze minutos.
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(Ainda só vi o The Graduate, o Heartburn, o Regarding Henry, o Wolf e o Closer... E gostava mesmo de ver todos... Agora!)

22 maio 2009

À memória de João Bénard da Costa

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Nunca fui pessoa para gostar de mudanças repentinas ou de surpresas. Ontem de manhã, quando soube da morte de João Bénard da Costa, fiquei, acima de tudo, surpreendida. Já sabia do seu frágil estado de saúde e das grandes mudanças na Cinemateca. Mesmo assim, senti aquele frio nas costas e aquele alvoroço no estômago. Detesto surpresas, volto a repetir.
Nunca o conheci, apenas gostava de o observar e, no entanto, foi como se tivesse recebido a notícia da morte de alguém próximo. Bénard da Costa desiludiu-me muito e desiludiu, principalmente, a sonhadora que há dentro de mim e que, um dia, teria eu 18 anos, se convenceu de que não poderia haver alguém tão magnânimo. Quase nove anos depois, e cheia de histórias e factos que não melhoram em nada a imagem de JBC, nunca me desliguei da primeira imagem: velho de voz rouca e cheia de catarro, a falar-me de Bergman como quem fala da perfeição, sempre sentado lá à frente, a rever incessantemente os mesmos filmes. Lembro-me de o querer conhecer à força, de ouvir, sempre com a atenção no máximo, as histórias daqueles que o conheciam e que privavam com ele. E isto já para não falar do seu enorme talento enquanto escritor, das frases que li e reli, vezes sem conta.
Há um sofrimento muito grande dentro de mim, talvez semelhante àquele que experimentei quando o Bergman ou o Paul Newman nos deixaram. Parece que a vida nunca voltará a ser igual e que nós, reduzidos à nossa insignificância, perdemos aquilo que nos inspirava e que nos fazia acordar e sair da cama.

21 maio 2009

1935 - 2009

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João Bénard da Costa

18 maio 2009

Alto som

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Conto de Fadas de Sintra a Lisboa
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Ele era um cavalheiro
Todo ele transpirava de elegância
Ela era gata borralheira,
tivera que limpar a sua infância
Ele velejava no Verão
e esquiava, no Inverno
Ela trabalhava ao balcão
De um qualquer estabelecimento moderno
Ele gostava de reluzir em si
O estilo da capital
Ela já não conseguia distinguir as cores
da bandeira nacional
Ele tinha entre os seus títulos
Uma futura ordem do infante
Ela achava o levantar do dedo mindinho
Algo deselegante
Mas ele um dia curvou-se a seus pés
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E ela passou a ocupar o tempo
A descobrir o que era a cultura
E ele confirmou-se aos seus aposentos
E descobriu a costura
Ela quis poder entender o Universo
E começou a ler Platão
E ele resolveu perceber o que era a justiça
Em frente à televisão
A ele de nada lhe valeu a aparência
Nem a casa do Largo do Rato
Porque ela sabia que era a Cinderela
E enganou-o com um sapato
Ele que um dia fora príncipe
Agora rendia-se à evidência
Com mulheres que calçam o quarenta
é melhor, revelar prudência
Hoje ele ainda beija seus pés
Hoje ele ainda beija os seus pés
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Os Pontos Negros
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14 maio 2009

Mas que grande notícia!

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Após muitos anos de negociações, os herdeiros de Frank Sinatra finalmente concordaram com uma adaptação para cinema da vida do cantor. O realizador a quem confiaram o projecto foi outro italo-americano de gema, nada menos que Martin Scorsese.
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10 maio 2009

Lanvin - Alber Elbaz


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Mise en Abyme a trabalhar em alto estilo



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Mise en Abyme num jantar com vista para o rio



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Mise en Abyme num casamento original



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Mise en Abyme a chegar a casa


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Mise en Abyme a causar sensação

05 maio 2009

May I have your attention?

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Atenção ecologistas!
Atenção ambientalistas!
Atenção recicladores!
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O vosso filme está aqui!

Vencedora!

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Por incrível que possa parecer, os dois filmes calharam à mesma pessoa. É preciso ter sorte, hum?

Parabéns Anita!
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Não te esqueças de me enviar um e-mail com a tua morada.

30 abril 2009

Giveaway II

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Ah pois! As arrumações continuam e as preciosidades não param de aparecer. Desta vez, ponho à vossa disposição um dvd do filme The Birds e um dvd da fita The Towering Inferno, com Steve McQueen, Paul Newman, Fred Astaire e Faye Dunaway.
Tal como da última vez, basta que comentem este post ou que me mandem um e-mail para mafalda_azevedo@hotmail.com. Os portes de envio são por conta do Mise en Abyme.
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Boa sorte!
Cá vos espero até terça-feira!

23 abril 2009

Sim, é uma ordem

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Todos ao IndieLisboa’09!
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COMEÇA HOJE

Bonança

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Passaram muitos dias desde a última vez em que tive tempo para me sentar e escrever calmamente. Aqui estou, rodeada de mobília IKEA, de objectos pessoais, de cinema e de literatura. E de amor. E de muita amizade. Apetece-me seguir as pisadas da minha estimada Juliette e escrever sobre sentimentos.
Tenho uma casa nova, no bairro onde sempre quis viver, no centro do bulício e da vida cultural de Lisboa. À minha esquerda tenho a Culturgest, à direita tenho a Gulbenkian e, em frente, vejo o Saldanha. Uns passinhos e estou na Pó dos Livros, provavelmente a melhor livraria da cidade.
Também tenho um novo trabalho. Algo em que acredito profundamente. Too good to be true.
Nos últimos tempos, com decisões para tomar e tanto tempo gasto em mudanças, esqueci-me de datas e falhei compromissos que não gostaria de ter falhado. Diz-se que as desculpas não servem para nada. Pois bem. Deixo-vos a promessa de que não voltará a acontecer.
A vida está constantemente a pregar-nos rasteiras. Grandes, feias e dolorosas. Mesmo que a vida me deite ao chão, já ninguém me tira esta felicidade, este levitar genuíno, de quem está a recomeçar a viver. Assim, literalmente. E queria deixar isto por escrito, aqui no Mise en Abyme. Estou feliz e estou reconhecida. Obrigada. A vida está aí.

(By the way, não percam A Tempestade de Shakespeare, na Cornucópia. Excelente.)

05 abril 2009

24 março 2009

Vencedores do sorteio

Tchan, tchan, tchan, tchan, tchan...
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Barry Lyndon - Ladies Love
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Os Nomes - Frambú
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Parabéns! Agora, toca a enviar um e-mail com as respectivas moradas!

20 março 2009

Giveaway!

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Roubando a ideia a uma amiga e aproveitando o facto de estar em mudanças, resolvi oferecer aquilo que tenho a dobrar.
Assim sendo, ponho à vossa disposição um dvd do filme Barry Lyndon e um exemplar do livro Os Nomes, de Don DeLillo.
Para entrarem no sorteio, basta que comentem este post ou que me mandem um e-mail para mafalda_azevedo@hotmail.com. Os portes de envio são por conta do Mise en Abyme.
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Cá vos espero até terça-feira!
Boa sorte!

13 março 2009

Fase I - livros

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São livros velhos, capas descoladas e dedicatórias dirigidas ao meu avô; são livros recentes com autógrafos de autores que conheci pessoalmente. São os dicionários e as gramáticas, empoeirados desde que a Faculdade terminou. São as enciclopédias e os livros de curiosidades do Reader's Digest que a minha mãe tinha a mania de encomendar. São os livros de cinema, da Taschen, da Cinemateca Portuguesa e de outras editoras. São os livros oferecidos por amigos e familiares, uns com dedicatórias infantis e outros com dizeres mais adultos. São os romances e os poemas, sublinhados e anotados, de que gostei tanto. São partes da minha vida e agora estão a ser encaixotados em direcção a uma casa nova.
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P.S. Parabéns à minha querida Nabur.

09 março 2009

Dançar isto até cair para o lado

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The Wrestler - momento II

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The Wrestler - momento I

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Cassidy / Marisa Tomei:
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You should see it; they all wail on him and he just takes it.
(a propósito de The Passion of the Christ)

03 março 2009

Back at the game

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Após quase um ano em Londres, e depois de realizar um sonho antigo, estamos de volta à pátria lusa. O Mise en Abyme já tinha saudades da Cinemateca Portuguesa, do Catacumbas Jazz Bar e do Restaurante Zucchero. E eu, para ser sincera, já estava com saudades do nosso sol, do nosso mar e de conhecer sítios tão surpreendentes como O Pai Tirano na Bica e a Oficina Didáctica no Rato.
Claro que Londres será sempre especial. Aliás, conto lá voltar em breve. Parece incrível, mas não cheguei a andar no London Eye e nem fui ver uma peça ao Almeida Theatre. Enfim. Um dia de cada vez. Melhor ainda: um filme por cada dia.

23 fevereiro 2009

Óscares XI

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The end

Óscares X

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SEAN PENN - o papel de uma vida!

=)

Óscares IX

O Liam Neeson e o Ralph Fiennes são sósias.

Japão rules!

Danny Boyle... Nem acredito... Com Fincher, Daldry, Van Sant... Que vergonha!

KATE WINSLET!!

Óscares VIII

Milk perde o Óscar de melhor montagem...

Jerry Lewis entra. Respect.

Óscares VII

Best Achievement in Visual Effects:
The Curious Case of Benjamin Button (OH YEAH!)

Best Achievement in Sound Editing:
The Dark Knight =)

Óscares VI

O gorro do Philip Seymour Hoffman...

Christopher Walken... Grande!

Heath Ledger GANHA! (Claro...)

Óscares V

Ben Stiller e Natalie Portman - perfeitos! Que vestido!

Segundo prémio para Slumdog Millionaire...

Óscares IV

Hugh Jackman é péssimo. Todos os convidados têm mais graça do que ele.

Wall-E GANHOU!

Óscares III

O primeiro prémio para Slumdog Millionaire... Medo...

Óscares II

Penélope Cruz ganha... Wall-E perde... Mas ganha Milk!

Óscares I

Freida Pinto e um azul perfeito.
Angelina Jolie e os brincos verdes.