01 janeiro 2012

E é assim que olho para 2012

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Cheia de esperança e de alegria.
E parabéns ao Mise en Abyme pelos seus 7 anos.

30 dezembro 2011

Hoje é noite de teatro

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Foi há vários anos que descobri a obra de Rothko.

E é também por isso que estou muito curiosa em relação à peça de logo.

O Mise en Abyme também gosta de homens

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Têm é de ser realmente especiais. Assim como o Nanni Moretti.

29 dezembro 2011

Só mais uma confidência…

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Se vivesse nos anos 20, ia ficar muito feliz ao usar estes vestidos…

Educando o gosto

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Henri Matisse Natureza-Morta, Ramo de Dálias e Livro Branco (1923)
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Aqui há dias, fui até à Gulbenkian para visitar a exposição A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa que, aliás, recomendo vivamente a todas aqueles que estejam interessados em saber mais sobre a produção artística a partir da segunda metade do século XIX e até meados do século XX. Ao contrário do que seria de esperar, a exposição não está organizada por ordem cronológica, mas sim por núcleos, sendo que aquele que mais me cativou intitulava-se “Modernismos: identidades nacionais e a atracção por Paris”. Ao lá chegar, e ao mesmo tempo que lia o texto introdutório (O Modernismo parisiense foi para muitos artistas europeus a referência central no desenvolvimento das suas práticas artísticas. […] Este núcleo integra trabalhos de vários artistas de diferentes nacionalidades que se deslocaram a Paris para absorver as novas linguagens artísticas…), dei por mim a viajar até ao imaginário do último filme de Woody Allen, Midnight in Paris, sobre o qual ainda não tive oportunidade de escrever, mas que me entusiasmou muitíssimo. Aliás, serviu até para apagar certas recordações do bem menos cativante You Will Meet a Tall Dark Stranger. Mas bom. Voltando ao delírio optimista de Midnight in Paris, que bem que me soube estar ali, dentro daquele táxi mágico, a caminho da década de 20 e lado a lado com Cole Porter, Man Ray, Luis Buñuel, Dali ou Picasso, ambos representados na exposição da Gulbenkian. É de facto entusiasmante quando conseguimos aliar duas experiências culturais tão enriquecedoras. O filme já está em DVD. Quanto à exposição, é não perder a oportunidade até 8 de Janeiro.

28 dezembro 2011

É tempo de vencer o passado

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.Jennifer Connelly, tão bonita
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I have a story also, a little simpler than yours.
Many years ago, I had a friend, a dear friend.
I turned him in to save his life, but he was killed.
But he wanted it that way. It was a great friendship.
But it went bad for him, and it went bad for me too.
Good night, Mr Bailey.
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Noodles, Once Upon a Time in America (1984)

2012 está à porta.
Preparemo-nos para o receber de braços abertos.

16 dezembro 2011

Das previsibilidades

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Há muitos anos que leio os críticos de cinema do Público e, como qualquer seguidora dedicada, dou por mim a antecipar as suas reações. Daí que não tenha ficado surpreendida quando verifiquei que o crítico Luís Miguel Oliveira elegeu a obra Drive do dinamarquês Nicolas Winding Refn como alvo do seu recorrente e demolidor desprezo. Quanto a mim, devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendida com o ritmo prudente, circunspecto e pausado desta história de um justiceiro que abandona uma vida cautelosa e solitária em prol de um amor terno. Não deixo de me comover quando tenho a oportunidade de assistir à transformação de um adepto do geocentrismo, que é como quem diz alguém que se sente como centro do universo e que julga que todos os outros corpos giram ao seu redor, num ser que compreende a infinitude do mundo e que passa a agir em função das necessidades de alguém que ama. I just wanted you to know... just getting to be around you was the best thing that ever happened to me. E maior prova de amor não há. Mesmo que a crítica portuguesa não partilhe dessa opinião.

28 novembro 2011

Desabafos

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Na semana passada, vi três filmes, de três grandes realizadores e sofri três decepções. Comecei pelo planeta fastidioso de Lars von Trier, passei pelo cenário frio e vingativo de Almodóvar e acabei nos diálogos ligeiros de Cronenberg. Nenhum deles me tocou e houve até momentos em que me desagradaram profundamente. A Justine de Kirsten Dunst revelou-se uma visão penosa e monótona, semelhante a um longo arrastar de saias e frufrus por salas e jardins intermináveis, só suportável quando comparada com a performance de Keira Knightley que, entre gritos, esgares e prognatismos, retirou credibilidade e interesse ao filme do realizador canadiano. Não fosse a beleza, o encanto e a graça de Elena Anaya, a contrastar com a pirosice corrosiva de Antonio Banderas, e teria sido uma semana lastimosa em termos cinematográficos.

Catarina, porque nunca é demais

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O meu contemplador preferido não falha.

08 novembro 2011

Frida, a dor tornou-a eterna




São 257 fotografias que permitem que nos aproximemos de Frida, dos seus antepassados, dos seus amores e das suas convicções. Imagens que pertenciam ao acervo pessoal da artista, na sua maioria desconhecidas, e que estão divididas por vários núcleos, dos pais à Casa Azul, passando pelo corpo acidentado e acabando nas relações que viveu e na luta política que apoiou. Há ainda um documentário imperdível. Fragmentos da sua intimidade, de um país e de uma época.
Exposição patente até 29 de Janeiro, no Pavilhão Preto do Museu da Cidade.

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Vale a pena ler este testemunho e este artigo.

26 outubro 2011

Editorial do Expresso?

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Não sei se é verdade. Só sei que é uma visão encantadora.

25 outubro 2011

O Barão, um filme de Edgar Pêra

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Max Schreck, Bela Lugosi e agora Nuno Melo.
Vale bem uma ida ao cinema.

24 outubro 2011

Sangue do meu Sangue

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Têm razão todos aqueles que o descrevem como uma obra-prima. Têm razão todos aqueles que discorrem sobre o apuro das interpretações, do som e dos enquadramentos. Sangue do meu Sangue é, de facto, notável. E aquelas mulheres – Márcia, Cláudia, Ivete, Sandra, Maria da Luz – deixam-nos sem ar, tal é a sua grandeza e a sua capacidade de, humilhadas, continuarem a amar. E a trabalhar. Porque são incansáveis estas mulheres de Canijo, sempre na labuta, a cortarem legumes para a sopa, a atenderem clientes na caixa de um supermercado, a ouvirem os lamentos das vizinhas enquanto lhes arranjam as unhas. E, ao mesmo tempo, são tão portuguesas, tão tipicamente portuguesas, das graçolas brejeiras e dos relatos futebolísticos ao sofrimento atroz que se vai guardando, cada vez mais fundo no seu interior.

E quanto a nós, espectadores devastados, resta-nos fazer como elas e seguir em frente, um dia de cada vez. Porque a vida é isso mesmo.

21 outubro 2011

Ontem fomos à ópera

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Elisabete Matos ou a Rainha de Don Carlo (Giuseppe Verdi)


.E foi realmente emocionante.

18 outubro 2011

Anna Ihlis | Uma descoberta

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Sugestão do dia: clicar na imagem.

10 outubro 2011

Reminiscência infantil


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O concurso que mudou a minha vida.

Um poema apropriado

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Ave Maria
By Frank O'Hara

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Mothers of America
let your kids go to the movies!
get them out of the house so they won’t know what you’re up to
it’s true that fresh air is good for the body
but what about the soul
that grows in darkness, embossed by silvery images
and when you grow old as grow old you must
they won’t hate you
they won’t criticize you they won’t know
they’ll be in some glamorous country
they first saw on a Saturday afternoon or playing hookey
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they may even be grateful to you
for their first sexual experience
which only cost you a quarter
and didn’t upset the peaceful home
they will know where candy bars come from
and gratuitous bags of popcorn
as gratuitous as leaving the movie before it’s over
with a pleasant stranger whose apartment is in the Heaven on Earth Bldg
near the Williamsburg Bridge
oh mothers you will have made the little tykes
so happy because if nobody does pick them up in the movies
they won’t know the difference
and if somebody does it’ll be sheer gravy
and they’ll have been truly entertained either way
instead of hanging around the yard
or up in their room
hating you
prematurely since you won’t have done anything horribly mean yet
except keeping them from the darker joys
it’s unforgivable the latter
so don’t blame me if you won’t take this advice
and the family breaks up
and your children grow old and blind in front of a TV set
seeing
movies you wouldn’t let them see when they were young
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Frank O’Hara, “Ave Maria” from Lunch Poems.
Source: The Collected Poems of Frank O'Hara (1995)

(Thank you dear Joana.)

08 outubro 2011

O meu herói do momento

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Sim, é verdade que não tem o encanto do Jack Shephard e nem a perspicácia do Sayid Jarrah. E também está a léguas do atrevimento do Will Gardner ou da abnegação de certos homens de família como o Tony Soprano ou o Nucky Thompson. Ainda por cima, aquele gosto pelo álcool lembra-me o egoísta do Don Draper. Mas enfim. Nada a fazer. Neste momento, a minha atenção está focada num só homem. E esse homem chama-se Jimmy McNulty.