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Henri Matisse Natureza-Morta, Ramo de Dálias e Livro Branco (1923)
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Henri Matisse Natureza-Morta, Ramo de Dálias e Livro Branco (1923)
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Aqui há dias, fui até à Gulbenkian para visitar a exposição A Perspectiva das Coisas. A Natureza-morta na Europa que, aliás, recomendo vivamente a todas aqueles que estejam interessados em saber mais sobre a produção artística a partir da segunda metade do século XIX e até meados do século XX. Ao contrário do que seria de esperar, a exposição não está organizada por ordem cronológica, mas sim por núcleos, sendo que aquele que mais me cativou intitulava-se “Modernismos: identidades nacionais e a atracção por Paris”. Ao lá chegar, e ao mesmo tempo que lia o texto introdutório (O Modernismo parisiense foi para muitos artistas europeus a referência central no desenvolvimento das suas práticas artísticas. […] Este núcleo integra trabalhos de vários artistas de diferentes nacionalidades que se deslocaram a Paris para absorver as novas linguagens artísticas…), dei por mim a viajar até ao imaginário do último filme de Woody Allen, Midnight in Paris, sobre o qual ainda não tive oportunidade de escrever, mas que me entusiasmou muitíssimo. Aliás, serviu até para apagar certas recordações do bem menos cativante You Will Meet a Tall Dark Stranger. Mas bom. Voltando ao delírio optimista de Midnight in Paris, que bem que me soube estar ali, dentro daquele táxi mágico, a caminho da década de 20 e lado a lado com Cole Porter, Man Ray, Luis Buñuel, Dali ou Picasso, ambos representados na exposição da Gulbenkian. É de facto entusiasmante quando conseguimos aliar duas experiências culturais tão enriquecedoras. O filme já está em DVD. Quanto à exposição, é não perder a oportunidade até 8 de Janeiro.
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