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Há muitos anos que leio os críticos de cinema do Público e, como qualquer seguidora dedicada, dou por mim a antecipar as suas reações. Daí que não tenha ficado surpreendida quando verifiquei que o crítico Luís Miguel Oliveira elegeu a obra Drive do dinamarquês Nicolas Winding Refn como alvo do seu recorrente e demolidor desprezo. Quanto a mim, devo dizer que fiquei agradavelmente surpreendida com o ritmo prudente, circunspecto e pausado desta história de um justiceiro que abandona uma vida cautelosa e solitária em prol de um amor terno. Não deixo de me comover quando tenho a oportunidade de assistir à transformação de um adepto do geocentrismo, que é como quem diz alguém que se sente como centro do universo e que julga que todos os outros corpos giram ao seu redor, num ser que compreende a infinitude do mundo e que passa a agir em função das necessidades de alguém que ama. I just wanted you to know... just getting to be around you was the best thing that ever happened to me. E maior prova de amor não há. Mesmo que a crítica portuguesa não partilhe dessa opinião.
6 comentários:
Ainda não vi o filme, mas quero muito. Quanto ás críticas, houve-as bastante positivas no jornal Expresso.
Em tempos de tamanho cinismo é difícil de pedir a quem quer que seja voltar a acreditar no amor.
Pedir isso dos críticos de cinema (que são constantemente desprezados e cujo trabalho é gozado diariamente) é quase contra-natura.
completamente de acordo.
Mafalda, não podia estar mais de acordo. Gostei muio deste filme e tenho-o recomendado vivamente.´É sempre tão bom regressar aqui...
É verdade - agora faço crítica para um site: ondeir.com.pt. Aparece!
Olá Catarina,
Estarei atenta ao Onde Ir.
Muito obrigada pela visita.
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