02 fevereiro 2010

Aguardam-se reacções

-
Óscares 2010 - nomeações
-
Melhor Filme
-
Avatar
Up - Altamente!
Nas Nuvens
Estado de Guerra
Precious
District 9
An Education
Um Homem Sério
The Blind Side
Sacanas sem Lei

-
Melhor Realizador
-
James Cameron
Kathryn Bigelow
Quentin Tarantino
Lee Daniels
Jason Reitman
-
Melhor Actor

-
Jeff Bridges
George Clooney
Colin Firth
Morgan Freeman
Jeremy Renner
-
Melhor Actriz
-
Meryl Streep
Gabourey Sidibe
Sandra Bullock
Helen Mirren
Anne-Marie Duff
-
Melhor Actor Secundário
-
Matt Damon
Woody Harrelson
Christopher Plumber
Christopher Waltz
Stanley Tucci
-
Melhor Actriz Secundária
-
Penélope Cruz
Vera Farmiga
Maggie Gylenhaal
MoNique
Anna Kendrick
-
Melhor Filme Estrangeiro
-
The Milk Of Sorrow
O Laço Branco

Um Profeta
Ajami
El Secreto de Sus Ojos
-
Melhor Argumento Original
-
Estado de Guerra
Sacanas Sem Lei
The Messenger
Um Homem Sério
Up - Altamente!

01 fevereiro 2010

Há homens assim

-
-
Numa época fértil em contos fantásticos como Avatar e Where the Wild Things Are, a surpresa e o espanto estão em Invictus, uma história verídica, contada por Clint Eastwood.
Pés no chão, I am the master of my fate, olhos no futuro, I am the captain of my soul. E, de repente, a esperança regressa e acalma. It matters not how strait the gate. Somos capazes de ultrapassar as nossas limitações. How charged with punishments the scroll. Somos melhores do que pensávamos. Brothers and sisters, this is the time to build our nation. E seguimos, agradecidos. Clint Eastwood está prestes a fazer 80 anos. The day I am afraid to do that is the day I am no longer fit to lead.

24 janeiro 2010

Gostava de perceber isto, palavra

.
Luís Miguel Oliveira escreve sobre O Sítio das Coisas Selvagens, Ípsilon (08 – 01 – 2010):
.
“Não é, portanto, razão para grande surpresa que agora apareça com esta fábula levemente freudiana, feita de tristeza, raiva, uns pozinhos de Édipo e toda aquela “quirkiness” (falta-nos melhor palavra em português), aliás já a caminho de se tornar um bocado irritante, característica dos filmes dele, dos de Charlie Kaufman, e doutros que andam por essa órbita.”
.
E o mesmo Luís Miguel Oliveira, no mesmo suplemento cultural, numa rubrica chamada “Filmes de uma década”, elege vinte títulos e inclui The Life Aquatic with Steve Zissou na sua escolha.

23 janeiro 2010

O Fellini, Where Art Thou?

.
.

Nine, o mais recente filme de Rob Marshall, suposta homenagem ao clássico 8½, é um desperdício de tempo e de dinheiro. Mais do que isso, é um lamentável desfile de mulheres de plástico, com Sophia Loren, Nicole Kidman e Kate Hudson a comandarem o bando.
É verdade que Penélope Cruz e Marion Cotillard, senhora de uma elegância e de uma pose que desconhecíamos, têm registos notáveis nas sequências do suicídio e da sala de projecções mas, tirando esses momentos de excepção, Nine aposta numa aura pindérica como há muito não via. As canções e as coreografias são para esquecer e, no meio deste Carnaval, o enorme Daniel Day-Lewis lá vai atingindo, a custo, a ansiedade, a decadência e a cólera de Guido Anselmi.
Aliás, se Nine ainda é um filme comestível, deve-o ao facto de sobreviver à custa das memórias e das recordações que temos de e de La dolce vita. Que saudades de Claudia Cardinale e de Anouk Aimée.

13 janeiro 2010

O Laço Branco

..

.

Filmar a maldade
.
Estamos nas vésperas da primeira guerra mundial. Imaginem uma aldeia alemã, coberta de searas de trigo na Primavera e de neve imaculada no Inverno. E imaginem que, a determinada altura, o médico dessa mesma aldeia é vítima de um estranho acidente, o filho do barão é raptado, uma criança deficiente é torturada e há coincidências bizarras por todos os cantos. E, por fim, imaginem que, à semelhança do Village of the Damned do John Carpenter, o mal é personificado por um grupo de crianças louras, presas a uma moral que não compreendem, nem podem compreender, e consumidas por uma disciplina despropositada e castradora. E aqui, nos vestidos escuros e rígidos, nos murmúrios sofridos, na violência gratuita, nos cabelos domados e nas casas gélidas, reencontramo-nos com Fanny e Alexandre.
A claustrofobia, a avareza e a disciplina militar parecem o pior dos cenários. Mas ainda há pior. Há pais que violam, maltratam e espancam. Há crianças que tentam fugir, que desmaiam, que testam a efemeridade da vida. Todos estão condenados. Mesmo os mais novos, que ainda apresentam a candura própria das crianças, como o filho do médico que chama pela irmã numa casa às escuras, ou o filho do pastor que oferece o seu pássaro em troca da felicidade do pai. Todos, mais tarde ou mais cedo, revelarão a sua lealdade ao mal, pois é a única que conhecem. Com excepção do professor primário, confidente de todos, que toca piano à luz da vela e ama uma doce rapariga da cidade. Nenhum dos dois nasceu ali, nenhum cresceu no seio daquela comunidade. São a réstia de esperança que sobra.

08 janeiro 2010

Espera ansiosa

.
.
Michael Haneke. Caché. A pianista.
Com tantas expectativas, temo uma desilusão.
Mas acredito que tal não acontecerá.

03 janeiro 2010

2010, here I go

.

.

.
Algures entre a ilusão e a verdade, vivi mais um Natal e encontro-me cheia de fé neste novo ano. O Mise en Abyme fez 5 anos e promete não desaparecer tão cedo. Até breve e um EXCELENTE 2010.

22 dezembro 2009

Desabafo friorento

-
-
Cato van Ee
-
... mais uma obra-prima do senhor observador ...

Está frio. Não me apetece fazer nada.
Só consigo pensar no final da quarta série do Dexter.
Ainda bem que há blogs assim.

20 dezembro 2009

Magnífico

.
. ..
.
.
.
.
.
The Brothers Bloom

18 dezembro 2009

Procura-se Mafalda Azevedo

-
-
O ano está no fim e as palavras atropelam-se. Muita coisa aconteceu durante estes últimos doze meses. E, by the way, muitos filmes foram vistos e vividos. O Mise en Abyme andou um bocadinho aos caídos, com poucos posts e nenhuma acção. Às vezes, quando penso nisso, penitencio-me. Mas a verdade é que, no dia a dia, acabo por não encontrar tempo para escrever aqui. E o mundo não pára... Há amigos que são livreiros, uma irmã e uma prima que se casam, uma compincha que se vai embora, um bebé que nasce, estaladas que a vida nos dá, homenagens que se recebem e que não se esquecem...
-
Aproveito este post para desejar um feliz Natal e um excelente 2010 a todas as pessoas que, pacientemente, não deixam de aparecer por aqui.
Muito obrigada a todos.
-
… but there's something about Mafalda that they don't know …

21 novembro 2009

Where Is My Mind?

.
Depois de ter sido parte integrante da banda sonora de Fight Club, eis que uma das minhas canções preferidas ganha uma nova vida (e que vida!).

Para ouvir aqui.

06 novembro 2009

Juliette Binoche

-

-
Foi assim que a conheci e foi assim que me apaixonei.
E ontem estivemos as duas na mesma sala.

Bons tempos

'
O Quantos Queres. Jogar ao quarto escuro. Jogar às damas e à bisca com o meu avô e descobrir que só ganhava porque ele deixava. O Macaquinho do Chinês. A Rua Sésamo e o Carnaval em que me mascarei de Poupas. Onda Choc. Jogos sem Fronteiras. Legos. Barbies. Os concursos todos desde o Festival da Canção até à Miss Portugal. A Pequena Sereia. O Bocas. O Super Mário no Game Boy. Top Mais. As aulas de natação. O cabelo à tigela. Dragon Ball e a televisão portátil que eu levava para todo o lado para não perder um combate. Missão Impossível. MacGyver. As canções da Tracy Chapman. Moedas de 25 escudos. Notas de 500 escudos. Tom Sawyer. Agora Escolha. A Tieta e o Roque Santeiro. O Justiceiro. Os Ficheiros Secretos. Beverly Hills 90210. Xena, a Princesa Guerreira. A Turma da Mónica. Os Ace of Base e os 4 Non Blondes. O Captain Planet. Andar de barco no Campo Grande. Dar a moeda ao elefante do Jardim Zoológico. Ir ao cinema todos os domingos. Fazer cadernetas. Coleccionar selos. O Mars, o Toffee Crisp e o ovo Kinder. Os cinco. Os mil presentes no Natal. Ser criança e saber que havia tempo para tudo isto e muito mais. Ter saudades.

17 outubro 2009

Elettra Rossellini Wiedemann

'
-
Filha de Isabella Rossellini.
Neta de Ingrid Bergman e Roberto Rossellini.

15 outubro 2009

Os homens que odeiam as mulheres

-
-
Acabo de ler o primeiro volume da trilogia Millennium. Quando o agarrei, pela primeira vez, numa livraria, fi-lo apenas por curiosidade. Inúmeras pessoas respeitáveis já o tinham lido e gostado. Normalmente, não sou apreciadora de grandes sucessos literários mas, neste caso, algo parecia diferente. Comprei-o e li-o de rompante. Noites mal dormidas, horas de almoço agarrada à história. Agora que acabou, há um sentimento que perdura: o orgulho em ser mulher. Este livro, tal como muitos filmes de Tarantino, tem este condão: elevar a condição feminina a uma escala de quase super-mulher. Lisbeth Salander, Erika Berger e até Harriet Vanger são os exemplos maiores. Acabado o livro, respira-se fundo e acredita-se no futuro.

14 outubro 2009

Agnès Varda na Fnac Chiado

-
-
Agnès Varda nasceu na Bélgica, em 1928, onde passou a sua infância. Durante a adolescência foi para Paris e, ainda muito jovem, tornou-se fotógrafa de teatro.
Em 1954, escreve e realiza a sua primeira longa-metragem La pointe-courte, que contou com o actor Philippe Noiret no papel de protagonista. Este filme, juntamente com Duas Horas na Vida de Uma Mulher (1962), revela a relação da realizadora com o movimento artístico Nouvelle Vague. Seguiram-se filmes premiados como As duas faces da felicidade (1965); documentários de grande sucesso como o mais recente Os Respigadores e a Respigadora (2000) e películas em torno do cineasta Jacques Demy, seu marido e companheiro, como é exemplo O Universo de Jacques Demy (1995).
Em 2008, apresentou As Praias de Agnès, autobiografia em película, que ganhou o César de Melhor Documentário e veio testemunhar a militância feminista da realizadora, as suas viagens pelo mundo, o percurso de produtora independente, a vida em família e o amor pelas praias da sua vida.
A FNAC promove um encontro entre a realizadora e o público cinéfilo, moderado por Vasco Câmara, editor do Ípsilon e crítico de cinema.
-
FNAC CHIADO
18 de Outubro, domingo, 19h