25 fevereiro 2013
XIII
Utilizam o tema do Jaws sem dó nem piedade para haver tempo para estes revivalismos musicais sem interesse nenhum? Por favor!
XI
50 anos de James Bond: tinha mais graça se o Sean Connery e o Roger Moore subissem ao palco e travassem um duelo com todos os outros Bond.
24 fevereiro 2013
III
A Jennifer Lawrence está demasiado magra. E continua sem me
convencer em termos de beleza, de estilo e de talento.
A grande noite
Já falta pouco tempo. Neste momento, pergunto-me quantos vestidos Marchesa é que irão aparecer. E, já agora, como será o vestido da Georgina Chapman quando esta surgir lado a lado com o Harvey Weinstein. Futilidades à parte, aqui fica a lista dos meus favoritos, aqueles por quem vou torcer intensamente. E sim, estou consciente de que estes nomes não sairão vencedores. É a vida.
Melhor filme
Amour
Melhor realizador
Michael Haneke
Melhor atriz
Emmanuelle Riva
Melhor ator secundário
Philip Seymour Hoffman
Até já.
17 fevereiro 2013
Do you still even like me?
A uma semana da cerimónia dos Óscares, que este blogue irá, como habitualmente, acompanhar e comentar, encontro-me em pleno estágio de preparação para a grande noite. De todos os filmes que decidi ver, faltam-me apenas o Beasts of the Southern Wild e o The Master. E o A Good Day to Die Hard, claro. Mas esse por outras razões que nada têm a ver com a cerimónia em si e que se relacionam com o facto de este blogue considerar que o Bruce Willis é irresistível. Mas bom. Voltando aos Óscares e aos filmes vistos. Todos os anos, há nomeações incompreensíveis. Este ano, temos 8 nomeações para Silver Linings Playbook, incluindo Melhor Ator [o desempenho sobre-humano de Jean-Louis Trintignant não foi satisfatório o suficiente, mas ver o Bradley Cooper a brincar aos maníaco-depressivos, isso sim é formidável], Melhor Filme e Melhor Realizador [a minha falta de interesse no trabalho do David O. Russell não é de hoje]. Fez-se um grande alarido em torno do filme, festejou-se o facto de ser uma comédia que explora as difíceis relações humanas e blá, blá, blá. E eu pergunto: será que estas mesmas pessoas não viram o This Is 40 do Judd Apatow? Presentemente nos cinemas? Não devem ter visto, de certeza.
Em 2007, quando vi o Knocked Up, tive a oportunidade de escrever, neste mesmo estaminé, que aquilo também era o meu mundo. E agora, mais de 5 anos depois, volto a sentir o mesmo. O cinema de Judd Apatow, tão hilariante, tão bem escrito, tão aparentemente “levezinho”, reproduz a nossa própria vida e espelha as teias relacionais que vamos tecendo e destruindo, aperfeiçoando e desconstruindo, essa estrutura de afetos que nos liga à nossa família, aos nossos amigos, ao amor da nossa vida. E que convive, lado a lado, com as obrigações profissionais, com os medos do dia-a-dia, com a violência das contas para pagar, com a vulnerabilidade própria do ser humano.
Uma das cenas que mais me comoveu neste filme, pela sua sensibilidade e profundidade, foi o momento em que a filha mais nova, Charlotte, redige um bilhete à irmã mais velha e o deixa colado na porta do quarto daquela. Uma cartinha adorável, escrita por uma criança que deseja, talvez mais do que qualquer outra coisa, a aprovação da irmã mais velha. E isto é um dos exemplos que corrobora a atenção dada ao pormenor e o respeito que Judd Apatow demonstra pelas suas personagens. Sejam elas uma criança, uma adolescente que se sente compreendida pelo Lost, um pai manipulador e preguiçoso ou um outro pai ausente mas sedento de amor.
Judd Apatow é um observador nato, alguém que sabe o que é construir uma família em pleno século XXI. E que consegue, de forma louvável, perceber esta realidade multi-ecrãs – dos portáteis, aos smartphones, passando pelos iPads – em que vivemos. Em que às vezes, apesar de haver tantas e tão diversificadas opções, é tão difícil comunicar.
04 fevereiro 2013
Uma questão de estilo
Mala baratinha, uhm?
Domingo ao final do dia. O sol já se pôs, está frio lá fora e as obrigações de segunda-feira espreitam de forma ameaçadora. É a altura ideal para a neurose tomar conta de nós. Por mais divertido e preenchido que o fim de semana tenha sido, a aproximação do início da semana deixa-me sempre melancólica. Foi num desses momentos, de absoluta taciturnidade, que dei de caras com o filme I Don't Know How She Does It. É verdade que sou uma admiradora quase incondicional da Sarah Jessica Parker. Acho-a o cúmulo do estilo e da pinta, admiro a sua inteligência e ainda me lembro do tempo em que ela entrava em filmes do Tim Burton. Claro que o facto de a Carrie Bradshaw ser uma das minhas companhias preferidas também ajuda.
Serve esta introdução para justificar, o melhor possível, o facto de ter despendido tempo da minha vida para ver uma baboseira como o I Don't Know How She Does It. Salvam-se as aparições fugazes da Christina Hendricks e da Olivia Munn. E o guarda-roupa, claro. A determinada altura, dei por mim a ver o filme só para saber o que é que a Sarah Jessica Parker ia usar a seguir.
Horas depois, já deitada na cama e a navegar pela internet, encontrei vários artigos de opinião sobre os figurinos. Ora leiam: Kate's [a personagem da Sarah Jessica Parker] a mom and a very distracted dresser. Clothes aren't her first priority, so she has things that she kind of grabs and will throw together. At the same time, she gravitates towards feminine pieces that will work in a corporate environment. (...) I wanted to be certain she didn't start dancing around Carrie Bradshaw territory. So the clothes were 100 per cent off the rack. And when I say off the rack I mean from a discount warehouse in Lower Manhattan.
Serve esta introdução para justificar, o melhor possível, o facto de ter despendido tempo da minha vida para ver uma baboseira como o I Don't Know How She Does It. Salvam-se as aparições fugazes da Christina Hendricks e da Olivia Munn. E o guarda-roupa, claro. A determinada altura, dei por mim a ver o filme só para saber o que é que a Sarah Jessica Parker ia usar a seguir.
Horas depois, já deitada na cama e a navegar pela internet, encontrei vários artigos de opinião sobre os figurinos. Ora leiam: Kate's [a personagem da Sarah Jessica Parker] a mom and a very distracted dresser. Clothes aren't her first priority, so she has things that she kind of grabs and will throw together. At the same time, she gravitates towards feminine pieces that will work in a corporate environment. (...) I wanted to be certain she didn't start dancing around Carrie Bradshaw territory. So the clothes were 100 per cent off the rack. And when I say off the rack I mean from a discount warehouse in Lower Manhattan.
E foi nesta altura que dei uma gargalhada. Se alguém tiver visto o filme, vai perceber o que quero dizer. A mim não me pareceu nada que as roupas dela tivessem sido compradas, de forma despreocupada, num "discount warehouse in Lower Manhattan”. E um bocadinho de noção da realidade, não?
22 janeiro 2013
19 janeiro 2013
It's over
You are my favorite thing, Peter. My very favorite thing.
Estou triste com o fim desta série pois terei muitas saudades do Walter Bishop.
Custa-me também que, já de regresso a 2015, o Peter
possa não ter compreendido a grandiosidade do gesto do pai.
11 janeiro 2013
Oásis
Hoje de manhã, pareceu-me ver a Sofia Coppola em pleno Marquês de Pombal.
Deve ter sido uma miragem própria do frio. Bom fim de semana para todos.
07 janeiro 2013
Uma questão de honra
No tempo em que este blogue era escrito por duas pessoas, uma delas – o Francisco – foi até à Cinemateca para ver Os Verdes Anos. Passados praticamente 8 anos – e porque nunca é tarde – foi a minha vez de o ver, na mesmíssima sala. Desta vez, e devido à morte do realizador Paulo Rocha e à comemoração dos 50 anos do seu filme, a sala estava cheia e só consegui lugar num degrau das escadas. Obrigada ao espírito verdadeiramente cinéfilo e comunitário da Cinemateca que nunca deixa ninguém à porta.
A sessão foi inesquecível, com direito a discursos emocionados de gente inspirada como o Jorge Silva Melo, o Luis Miguel Cintra, a Maria João Seixas e, claro, a Isabel Ruth. Foi uma belíssima maneira de entrar em 2013, cheia de esperança. O filme, uma história de amor passada na Lisboa onde nasci e cresci – a Avenida Almirante Gago Coutinho, a Avenida Estados Unidos da América e a Avenida de Roma –, deixou-me comovida e nostálgica. Que Lisboa aquela!
Mas bom. 2013 também me trouxe a coragem de que necessitava para ver o The Hobbit: An Unexpected Journey. Independentemente de tudo, e porque hoje me apetece ser otimista, há muito que não via o orgulho e a honra tão bem retratados. Não sei se haverá por aí, de entre os leitores deste blogue, apaixonados pelo universo de J.R.R. Tolkien, mas a sequência das adivinhas encheu-me as medidas. Sem esquecer claro, os instantes de comunhão entre Homem e Natureza que me deixam sempre boquiaberta.
E já que estou numa de referir momentos especiais deste começo de ano, tenho também de mencionar a peça Há muitas razões para uma pessoa querer ser bonita, encenada pelo João Lourenço a partir do original Reasons to be Pretty de Neil LaBute, que conta com a interpretação extraordinária de Ana Guiomar.
E bom. O tempo urge e terei de ficar por aqui. O Mise en Abyme já fez 8 anos – até custa a crer que passou tanto tempo – e continuará por muitos mais.
Obrigada a todos e bom ano!
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