Hoje, depois de ontem à noite ter ido ver o Sonata de Outono ao Nimas, resolvi dedicar grande parte do meu dia a Ingmar Bergman. Nem sempre tenho coragem para voltar a ele, mas esta manhã senti essa necessidade e resolvi ver os três documentários que me foram oferecidos depois de um atencioso leitor, a quem agradeço muitíssimo, ter tido o cuidado de me alertar para a sua existência e importância.
Já conhecia muitas das histórias que ali são contadas pelo realizador, especialmente por ter lido o Lanterna Mágica, mas foi extraordinário poder ouvir e ver o homem, a quem devo tanto, a falar sobre a mulher da sua vida - Ingrid –, a revelar pormenores da sua casa e do seu cinema privado, a confessar o seu repúdio pelos críticos e o seu amor pela música e a lamentar a maior deceção da sua vida.
Ei-lo, para nos mostrar na nossa nudez, dizia a capa do Ípsilon de 10 de Janeiro e é tāo verdade. Ingmar Bergman, como mais ninguém, compreendeu e, mais importante, conseguiu transmitir a verdade sobre o ser humano. A nós, e perante a impossibilidade de algum dia o virmos a conhecer pessoalmente, resta-nos agradecer e esperar que ele, homem que cria em espíritos e fantasmas, nos ouça. Mil vezes obrigada Ingmar Bergman.
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