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Ver a minha, nossa Juliette Binoche a pintar-se ao espelho [câmara] na expectativa de agradar ao desconhecido [marido]. A duplicidade, ambiguidade que não é decifrável e ainda bem. A beleza, a sensibilidade, a comoção. As palavras em inglês, francês e italiano que soam perfeitas, saídas de uma boca que ainda não foi pintada de encarnado. E o olhar, as lágrimas que se engolem e aquelas que escorrem. A impaciência, o desejo, o descontrolo. E apetece ficar ali, a admirar os braços cruzados que passeiam mais à frente, as mãos que agarram o volante, o cabelo que se vai soltando. Até as saias compridas e esvoaçantes são dignas de atenção. Juliette Binoche é cada uma de nós, cada uma das nossas incertezas, cada uma das nossas convicções. É tudo, é a perfeição que pensávamos já não poder existir. É a compreensão, a companhia que não deixará de ser.
24 dezembro 2010
Momentos inspirados e inspiradores
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2 comentários:
FELIZ NATAL!!!!!! :D
:)
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