16 dezembro 2008

De volta

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O Mise en Abyme está quase a fazer quatro anos de existência. Um autêntico dinossauro da blogosfera, pensarão alguns.
Festejaremos a ocasião de cara lavada, com novo template e novas obsessões, sem descurar as antigas, claro. E é por isso que aqui estamos, mais uma vez, a fazer propaganda a uma das mulheres mais interessantes e apaixonantes da história do cinema: Angelina Jolie. Morram os intelectuais e os puritanos que a atacam.
Angelina Jolie, esse portento de mulher que temos vindo a acompanhar desde criança, como filha do cowboy Jon Voight, é a protagonista de Changeling, o novo filme de Clint Eastwood. Desde o Óscar ganho em Girl, Interrupted, espécie de versão feminina do clássico One Flew Over the Cuckoo's Nest, que desejávamos vê-la, conduzida por um grande realizador. Neste sentido, The Good Shepherd serviu como aperitivo e Changeling é a consagração esperada.
A interpretação de Jolie, comedida, quase envergonhada e, nos momentos certos, explosiva, é profundamente inspiradora. Esta mulher, que já deu tanto que falar, tem apenas 33 anos. Por outras palavras, Angelina Jolie tem uma vida inteira pela frente para trabalhar com os melhores realizadores. E é isso que esperemos que aconteça. Caso Hollywood enlouqueça e Angelina passe a ser uma actriz de segunda classe, poderemos sempre retaliar, alegando que o seu rosto é um dos mais perfeitos de todos os tempos. E isso, só por si, já lhe concederia o título de deusa da contemporaneidade.
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Nas semanas que passaram sem textos novos, o Mise en Abyme andou dividido entre a máfia dos Sopranos e o mafioso do Marlon Brando. Pelo meio de tudo isto, também houve tempo para ver o novo James Bond – filme fraco, por sinal. Ainda assim, foi retemperante assistir a um agente secreto que já não trabalha ao serviço de Sua Majestade, mas ao serviço do amor. Destroçado, incapaz de dormir, torturado por recordações de Eva Green (como o compreendemos!), o nosso Bond amadureceu. Com demasiadas impossible missions para encher a vista, a verdade é que o realizador Marc Forster consegue um belíssimo “piscar de olho” a Goldfinger, fazendo uso de petróleo, o novo ouro do século XXI.

E bom, é hora de acabar e de fazer as malas. Só voltaremos a Londres no próximo ano. O Mise en Abyme deseja um feliz Natal e um excelente 2009 a todos os seus visitantes.

Vemo-nos em Lisboa!
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4 comentários:

Anónimo disse...

Amiga Mafalda!
Nada tem que ver com o post, mas tinha que te contar que ontem, enquanto fazia uma viagem, ouvi o teu amigo David Santos, Noiserv (creio), no Bons Rapazes da Antena 3 e depois no Portugália, um homem, uma guitarra, e fiquei fascinada!
Beijinho!

André Lamelas disse...

Obrigado e igualmente! (aos votos de boas festas, claro)

Parabéns pelo belíssimo blog que tenho vindo a acompanhar já há alguns anos, mesmo depois de já ter perdido a paixão pelo cinema. :)

Kudos!

Mafalda Azevedo disse...

Amiga Patrícia,

Tens de comprar o CD e fazer ainda mais publicidade ao trabalho do David!

=)

Caro André,

Perdeu a paixão pelo cinema? Como?
Muito obrigada pelo elogio.

Feliz Natal!

Laidita disse...

Feliz Natal e Bom Ano Novo para o Mise en Abyme! :)