Esta manhã fui acordada por uma senhora do Paraguai. Entrou pelo quarto adentro e disse-me "Muy linda! Eyes very beautiful!". Levantei-me completamente estremunhada e lembrei-me da empregada do Paris, Texas que tenta ajudar o protagonista a vestir-se como um "pai rico". Fui até à janela e chovia. Por uma vez, não me apeteceu enfrentar a chuva. Fiquei aqui dentro quentinha, no meio de Marylebone, a um passo da rua do Sherlock Holmes.
Peguei no segundo filme que trouxe comigo, o já citado Paris, Texas (1984) de Wim Wenders, e deixei-me ficar. É sempre tão engraçado rever Dean Stockwell - o senhor da minha infância que viajava pelo tempo em Quantum Leap.
Desta vez, sofri muito a ver o filme de Wenders. A beleza perdida de Nastassja Kinski, o medo de Harry Dean Stanton e, uma vez mais, a Família. Num tom e tempos tão certos, tão deliberadamente verdadeiros, dando espaço para que as personagens se manifestem. Um filme sobre a Dor mas também sobre o Amor enquanto é sinónimo de felicidade.
1 comentário:
E voilá, é com o Paris Texas que me apanhas - no teu blog, claro.
Passei por aqui, parece-me que estás em Londres, eu continuo por Lx.
Bons voos, bons filmes.
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