Farta de ler elogios à atual “namoradinha” da América, a Jennifer Lawrence, enfiei-me numa sala de cinema para contemplar uma outra atriz, praticamente da mesma idade da recém-vencedora do Óscar, mas tão mais inebriante: a Rooney Mara, com as suas feições bem desenhadas e aquele olhar indecifrável. Há muito que não via um filme de Steven Soderbergh. Deixei escapar os tão falados The Girlfriend Experience e Magic Mike e ontem lá fui ver o thriller Side Effects. O mais curioso de tudo? É que este filme deve mais a Hitchcock do que se poderia pensar. Aquele início, em que a câmara entra dentro do apartamento nova-iorquino onde alguém acaba de morrer, e o próprio argumento, com a indústria farmacêutica e um antidepressivo a funcionarem como um belíssimo MacGuffin, deixaram-me realmente entusiasmada. E aquela primeira parte, cheia de contenção e de classe, com uma incrível Rooney Mara a fazer com que gostemos dela, com que tenhamos pena dela, com que torçamos indubitavelmente por ela, deixou-me arrepiada. Uma interpretação perfeita, entre a pureza e a sordidez, digna de muitos elogios. E, repito, que feições!
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