Sou uma pessoa de rotinas. Gosto de as ter e sinto-me confortável com isso. Adoro, por exemplo, ir a pé de minha casa até à Baixa, passando pela Avenida de Liberdade e parando, de quando em quando, para ver as montras.
Outra rotina de que gosto particularmente é a de ir ao clube de vídeo. Bem sei que é um modelo de negócio em vias de extinção, mas não há nada a fazer. Sabe-me bem sair de casa, ir até ao Videocentro da Óscar Monteiro Torres, olhar para as prateleiras, encontrar o filme que me tinha escapado no cinema, conversar com o empregado e descobrir, por exemplo, que é um grande admirador de Pablo Neruda, levar o filme e vê-lo em casa, bem acompanhada e sem a interferência barulhenta de espectadores desconhecidos.
Nos últimos dias, e graças ao Videocentro, pude ver o Hunger do Steve McQueen – devastador e, ao mesmo tempo, dignificante -; o Tropa de Elite I e II; o Toy Story – não sei como mas nunca o tinha visto – e o Tinker Tailor Soldier Spy de que gostei muitíssimo. E tudo isto a preços simpáticos e ao meu ritmo. Houve alturas em que me imaginava como proprietária de um clube de vídeo que só disponibilizasse filmes antigos, daqueles que só se conseguem ver na Cinemateca. Hoje em dia, e sonhos à parte, já fico especialmente contente de cada vez que posso ir ao clube de vídeo e não bato com o nariz na porta. Espero que assim continue.
Nos últimos dias, e graças ao Videocentro, pude ver o Hunger do Steve McQueen – devastador e, ao mesmo tempo, dignificante -; o Tropa de Elite I e II; o Toy Story – não sei como mas nunca o tinha visto – e o Tinker Tailor Soldier Spy de que gostei muitíssimo. E tudo isto a preços simpáticos e ao meu ritmo. Houve alturas em que me imaginava como proprietária de um clube de vídeo que só disponibilizasse filmes antigos, daqueles que só se conseguem ver na Cinemateca. Hoje em dia, e sonhos à parte, já fico especialmente contente de cada vez que posso ir ao clube de vídeo e não bato com o nariz na porta. Espero que assim continue.