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24 janeiro 2010
Gostava de perceber isto, palavra
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23 janeiro 2010
O Fellini, Where Art Thou?
Nine, o mais recente filme de Rob Marshall, suposta homenagem ao clássico 8½, é um desperdício de tempo e de dinheiro. Mais do que isso, é um lamentável desfile de mulheres de plástico, com Sophia Loren, Nicole Kidman e Kate Hudson a comandarem o bando.
É verdade que Penélope Cruz e Marion Cotillard, senhora de uma elegância e de uma pose que desconhecíamos, têm registos notáveis nas sequências do suicídio e da sala de projecções mas, tirando esses momentos de excepção, Nine aposta numa aura pindérica como há muito não via. As canções e as coreografias são para esquecer e, no meio deste Carnaval, o enorme Daniel Day-Lewis lá vai atingindo, a custo, a ansiedade, a decadência e a cólera de Guido Anselmi.
13 janeiro 2010
O Laço Branco
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Filmar a maldade
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Estamos nas vésperas da primeira guerra mundial. Imaginem uma aldeia alemã, coberta de searas de trigo na Primavera e de neve imaculada no Inverno. E imaginem que, a determinada altura, o médico dessa mesma aldeia é vítima de um estranho acidente, o filho do barão é raptado, uma criança deficiente é torturada e há coincidências bizarras por todos os cantos. E, por fim, imaginem que, à semelhança do Village of the Damned do John Carpenter, o mal é personificado por um grupo de crianças louras, presas a uma moral que não compreendem, nem podem compreender, e consumidas por uma disciplina despropositada e castradora. E aqui, nos vestidos escuros e rígidos, nos murmúrios sofridos, na violência gratuita, nos cabelos domados e nas casas gélidas, reencontramo-nos com Fanny e Alexandre.
A claustrofobia, a avareza e a disciplina militar parecem o pior dos cenários. Mas ainda há pior. Há pais que violam, maltratam e espancam. Há crianças que tentam fugir, que desmaiam, que testam a efemeridade da vida. Todos estão condenados. Mesmo os mais novos, que ainda apresentam a candura própria das crianças, como o filho do médico que chama pela irmã numa casa às escuras, ou o filho do pastor que oferece o seu pássaro em troca da felicidade do pai. Todos, mais tarde ou mais cedo, revelarão a sua lealdade ao mal, pois é a única que conhecem. Com excepção do professor primário, confidente de todos, que toca piano à luz da vela e ama uma doce rapariga da cidade. Nenhum dos dois nasceu ali, nenhum cresceu no seio daquela comunidade. São a réstia de esperança que sobra.
08 janeiro 2010
Espera ansiosa
03 janeiro 2010
2010, here I go
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