mulher alguma é melhor do que
mulher nenhuma dizia o meu avô que morreu
esquecido num guarda-fatos
mulher alguma dispunha as bolas de naftalina e foi assim que
o meu avô foi primeiro lembrado pelas traças
tudo isto aconteceu há muito tempo mas
a alma não esqueceu
o nariz reconheceu
31 maio 2007
30 maio 2007
29 maio 2007
This is your last chance
Continuando com as minhas anotações impressionistas...
Ultimamente tenho tido boas experiências cinematográficas. Há que tempos que não via um thriller que me enchesse as medidas e, nos últimos dias, tive a sorte de assistir a dois thrillers muito razoáveis: Ruptura e Zodiac.
(É que, aqui entre nós, até gostei do The Prestige e do The Illusionist mas aqueles finais não me surpreenderam nem um bocadinho.)
Custa-me admiti-lo mas continuo a gostar muito de ver o Anthony Hopkins a fazer de Hannibal Lecter. Não me consigo cansar. Ninguém mais consegue aliar elegância e crueldade daquela forma depurada. Para além disto, e mais uma vez tiro o chapéu ao Jorge Mourinha, Ryan Gosling é um grandessíssimo actor. Preferi vê-lo agora do que em Half Nelson. Talvez por não simpatizar com a figura do “professor caridoso”, a verdade é que tive muito mais gosto em assistir à evolução humana do jurista ávido.
Por outro lado, e depois de não ter gostado de Panic Room, saí realizada de Zodiac. Às vezes penso que o Mal me interessa tanto como o Belo. O único problema é que posso exorcizar diariamente a minha obsessão pelo Belo e, no que toca ao Mal, já se torna mais complicado. Assim, restam-me filmes como este e como o Little Children, para nomear apenas películas estreadas em 2007, que me permitem conviver directamente com essa faceta do ser humano, sim porque é a maldade humana do ponto de vista individual que mais me interessa, tão recôndita e tão pouco analisada.
Por outro lado, e depois de não ter gostado de Panic Room, saí realizada de Zodiac. Às vezes penso que o Mal me interessa tanto como o Belo. O único problema é que posso exorcizar diariamente a minha obsessão pelo Belo e, no que toca ao Mal, já se torna mais complicado. Assim, restam-me filmes como este e como o Little Children, para nomear apenas películas estreadas em 2007, que me permitem conviver directamente com essa faceta do ser humano, sim porque é a maldade humana do ponto de vista individual que mais me interessa, tão recôndita e tão pouco analisada.
18 maio 2007
09 maio 2007
The White Stripes - Little Acorns
[When problems overwhelm us and sadness smothers us, where do we find the will and the courage to continue?
Well, the answer may come in the caring voice of a friend a chance encounter with a book or from a personal faith.
For Janet, help came from her faith but it also came from a squirrel.
Shortly after her divorce, Janet lost her father, then she lost her job. She had mounting money problems. But Janet not only survived, she worked her way out of despondency and now she says life is good again.
How could this happen? She told me that late, one autumn day when she was at her lowest, she watched a squirrel storing up nuts for the winter one at a time he would take them to the nest and she thought if that squirrel can take care of himself with the harsh winter coming on so can I.
Once I broke my problems into small pieces I was able to carry them, just like those acorns, one at a time.]
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Take all your problems
And rip 'em apart
Carry them off
In a shopping cart
And another thing
You should have known from the start
The problems in hand
Are lighter than at heart
Be like the squirrel, girl
Be like the squirrel
Give it a whirl, girl
Be like the squirrel
And another thing
You have to know in this world
Cut up your hair
Straighten your curls
Well, your problems
Hide in your curls
08 maio 2007
03 maio 2007
I like this girl
Mas ainda gosto mais do cinema de Mira Nair. Se calhar não passo de uma europeia fascinada por uma Índia folclórica, mas a verdade é que gosto mesmo daquelas figuras comedidas e, ao mesmo tempo, extremamente volúveis. É verdade que Mira Nair nem sempre concede espaço suficiente para que a complexidade das personagens se desenvolva, mas, ainda assim, foi com grande prazer que assisti à saga familiar de O Bom Nome.
01 maio 2007
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