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Na semana passada, vi três filmes, de três grandes realizadores e sofri três decepções. Comecei pelo planeta fastidioso de Lars von Trier, passei pelo cenário frio e vingativo de Almodóvar e acabei nos diálogos ligeiros de Cronenberg. Nenhum deles me tocou e houve até momentos em que me desagradaram profundamente. A Justine de Kirsten Dunst revelou-se uma visão penosa e monótona, semelhante a um longo arrastar de saias e frufrus por salas e jardins intermináveis, só suportável quando comparada com a performance de Keira Knightley que, entre gritos, esgares e prognatismos, retirou credibilidade e interesse ao filme do realizador canadiano. Não fosse a beleza, o encanto e a graça de Elena Anaya, a contrastar com a pirosice corrosiva de Antonio Banderas, e teria sido uma semana lastimosa em termos cinematográficos.