.

.

.

.

.
Bendito prémio que me pôs a ler, pela primeira vez, o Mario Vargas Llosa. E já lá vão dois romances. Muito aconselháveis. Há uma profunda humanidade nas suas personagens e isso enche-me de esperança. Também há mulheres fatais, daquelas que arruínam a vida dos verdadeiros apaixonados, qual Marlene Dietrich n’ O Anjo Azul ou no The Devil Is a Woman. Ou, se quisermos, quais Carole Bouquet e Ángela Molina no Cet obscur objet du désir. Ou, se formos ao baú das recordações cinéfilas, qual Carlotta no Two Weeks in Another Town. E podia continuar, claro. O que não falta são mulheres letais no cinema. Ainda bem que as mulheres de Vargas Llosa, tão bonitas que fariam parar o trânsito do Peru, acabam por voltar e por conhecer uma espécie de arrependimento perverso. Assim vale a pena.