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18 setembro 2009
15 setembro 2009
13 setembro 2009
Horas, minutos, segundos
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Dias interessantes estes que passam. Horas bem gastas a ver êxitos do Sundance Film Festival, a visitar a exposição Quick, Quick, Slow no CCB – autênticas imagens em movimento – e a viajar até à magnífica sala do Teatro Nacional São João no Porto para assistir ao duelo Nekrosius / Dostoievski.
Partindo do princípio de que um momento pode resumir um espectáculo teatral de mais de cinco horas, falado em lituano e legendado em português, então esse momento teria de ser aquela conversa entre Míchkin – o idiota de Dostoievski – e Rogójin. Aquela mesma conversa em que o Príncipe diz é difícil distinguir a tua raiva do teu amor e em que Rogójin, exacerbado pela sua obsessão, não reage. Uma obsessão demoníaca, intemporal e nebulosa. Uma obsessão que determinará a morte de uma ilusão.
Nesta peça, há personalidades em conflito e amores desacertados. Dois homens que se amam e que disputam uma mesma mulher. Duas mulheres, diametralmente opostas, que lutam por um homem e que se desejam languidamente. É difícil distinguir a tua raiva do teu amor. Assim como é difícil distinguir a ilusão da realidade, o feminino do masculino, o amor do ódio, uma personalidade de outra.
Existem duas portas suspensas e um espelho que, de vez em quando, rodopia. Há canções que consomem o espaço, vozes graves e murmúrios. Talvez não haja amor sem ilusão. Talvez um apaixonado seja sempre alguém que está profundamente iludido e que acredita numa falsa realidade.
Partindo do princípio de que um momento pode resumir um espectáculo teatral de mais de cinco horas, falado em lituano e legendado em português, então esse momento teria de ser aquela conversa entre Míchkin – o idiota de Dostoievski – e Rogójin. Aquela mesma conversa em que o Príncipe diz é difícil distinguir a tua raiva do teu amor e em que Rogójin, exacerbado pela sua obsessão, não reage. Uma obsessão demoníaca, intemporal e nebulosa. Uma obsessão que determinará a morte de uma ilusão.
Nesta peça, há personalidades em conflito e amores desacertados. Dois homens que se amam e que disputam uma mesma mulher. Duas mulheres, diametralmente opostas, que lutam por um homem e que se desejam languidamente. É difícil distinguir a tua raiva do teu amor. Assim como é difícil distinguir a ilusão da realidade, o feminino do masculino, o amor do ódio, uma personalidade de outra.
Existem duas portas suspensas e um espelho que, de vez em quando, rodopia. Há canções que consomem o espaço, vozes graves e murmúrios. Talvez não haja amor sem ilusão. Talvez um apaixonado seja sempre alguém que está profundamente iludido e que acredita numa falsa realidade.
No final de um deslumbramento a que chamam teatro de longo curso, quando o fruto da ilusão deixa de fazer parte do mundo terreno, quando as fantasias dão lugar à crueza da realidade, o que sobra de nós?
07 setembro 2009
Alguma individualidade, por favor
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Tenho a certeza de que terei uma apoplexia se continuar a ler mais textos que aclamem Public Enemies e Inglourious Basterds como obras-primas supremas. Estou cansada de ler e reler os mesmos argumentos, naquilo que parece ser a atitude mais bajuladora de que há memória. Não há ninguém que se atreva a levantar o dedo aos americanos Mann e Tarantino e não há ninguém que reme contra a maré. Um aborrecimento.
01 setembro 2009
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