-
Passaram muitos dias desde a última vez em que tive tempo para me sentar e escrever calmamente. Aqui estou, rodeada de mobília IKEA, de objectos pessoais, de cinema e de literatura. E de amor. E de muita amizade. Apetece-me seguir as pisadas da minha estimada
Juliette e escrever sobre sentimentos.
Tenho uma casa nova, no bairro onde sempre quis viver, no centro do bulício e da vida cultural de Lisboa. À minha esquerda tenho a Culturgest, à direita tenho a Gulbenkian e, em frente, vejo o Saldanha. Uns passinhos e estou na Pó dos Livros, provavelmente a melhor livraria da cidade.
Também tenho um novo trabalho. Algo em que acredito profundamente. Too good to be true.
Nos últimos tempos, com decisões para tomar e tanto tempo gasto em mudanças, esqueci-me de datas e falhei compromissos que não gostaria de ter falhado. Diz-se que as desculpas não servem para nada. Pois bem. Deixo-vos a promessa de que não voltará a acontecer.
A vida está constantemente a pregar-nos rasteiras. Grandes, feias e dolorosas. Mesmo que a vida me deite ao chão, já ninguém me tira esta felicidade, este levitar genuíno, de quem está a recomeçar a viver. Assim, literalmente. E queria deixar isto por escrito, aqui no Mise en Abyme. Estou feliz e estou reconhecida. Obrigada. A vida está aí.
(By the way, não percam
A Tempestade de Shakespeare, na Cornucópia. Excelente.)