26 junho 2005

Um aparte


“The first Humphrey Bogart movie I saw was The Maltese Falcon. I was 10 years old and I identified immediately with Peter Lorre. The impulse to be a sniveling, effeminate, greasy little weasel appealed to me enormously and, setting my sights on a life of mealymouthed degradation and crime, I rapidly achieved a reputation that caused neighboring parents to appear at my doorstep carrying torches, a large rope and bags of quicklime… I wrote Play it again, Sam to honor Bogart for at least giving me a few months of smooth sailing, and also to get even with a certain girl (or a particular sex that gives me trouble, to tell the truth).“

Woody Allen, “How Bogart Made Me the Superb Lover I Am Today”
Março de 1969

17 comentários:

Anónimo disse...

Ah ganda Amfri!

Anónimo disse...

Grande Mafalda,

Venho aqui sempre ver as "novas" do cinema. Continua.

Jorey

Mafalda Azevedo disse...

Olá a todos!

Jorey,
Muito obrigada pelo apoio! Podes crer que continuarei com o Mise en Abyme.

Bufas e Rodrigo,
Fico mesmo contente por ver que o sr. Humphrey Bogart ainda serve de inspiração a alguns jovens do século XXI...

Até breve!

Anónimo disse...

olá mafalda!!!

Td bem? Infelizmente não posso dar a minha opinião pois nunca vi nenhum filme dele... Mas queria, já agora, pedir-te que fizesses um comentário ao filme "Colisão" que estreou na passada quinta. Na minha opinião, o filme é muito bom!

Mtos bjos

Anónimo disse...

Obrigado Mafalda.

Às vezes tenho saudades dos tempos em que comentei o Lost and Translation. Vai ficando o hábito de vaguear pelas salas de cinema, procurando aquele estalo. Em vão.


Jorey.

Mafalda Azevedo disse...

Olá Nuno Alegria!
Acabo de sair do Crash de Paul Haggis... Devo dizer-te que o único aspecto memorável foi a oportunidade de rever o Tony Danza (ainda que decadente…). Já não o via desde os tempos da série "Who's the Boss?"

Voltando ao Crash… O ano passado houve um filme que me exasperou tanto como este. Chamava-se 21 Grams e continha histórias bem contadas. O problema é que se perdia num sentimentalismo quase insuportável. Por seu lado, Crash tenta explorar questões raciais e só consegue apresentar umas quantas historietas, sem interesse nenhum, protagonizadas por actores menores (pensei que nunca mais pagaria para ver a Sandra Bullock)… Pior do que isso, Crash contém sequências absurdas: a cena do desastre (preta histérica versus branco pronto a salvar uma vida) e a cena da capa invisível provocaram-me alguma vontade de sair da sala.
Enfim… Não quero só dizer mal… É um filme que apresenta um forte domínio sobre a narração e sobre a câmara… Pena que o realizador se perca em câmaras lentas absolutamente dispensáveis…
Um beijinho, Mafalda.

Anónimo disse...

Olá!!

Bem, tou a ver que odiaste o filme... Eu, pelo contrário, adorei! Acho que o filme alerta-nos para questões essenciais, como a irracionalidade de pessoas preconceituosas e de outras que inicialmente não o são mas que se tornam pelo facto de viverem sob um clima de medo. O filme relata bem a complexidade da sociedade americana, repleta de contradições como o caso da discriminação contra os brancos como é explorado pela personagem de Matt Dillon. A mensagem que o filme transmite é fundamental numa época em que o ataque ao pensamento é tão forte, e em que as pessoas se esqueceram que independentemente da "raça" as fragilidades, limitações e contradições são comuns a todos nós. Preconceitos todos temos, mas acho que devemos combater ao máximo este tipo de irracionalidade, pois senão continuamos a mentir-nos a nós próprios! Na realidade como é que alguém pode pré-conceber alguma coisa?! Só se for omnisciente...Mas é isso que muito gente ainda não compreendeu.

Mtos bjos

Anónimo disse...

Mafalda,

Eu não gostei da tua crítica. Achei-a banal. Quando tiver tempo, replicarei. Há muita coisa naquele filme que merecia maior detença. Existencialismo relacional pré-dado por sistemas de conceitos circulares.

Jorey.

Mafalda Azevedo disse...

Caros visitantes,
Antes de voltar a escrever sobre o Crash, gostaria de pedir desculpa pela falta de novos textos no Mise en Abyme. Fica a promessa de tentar conjugar férias e críticas cinematográficas.

Voltando ao filme!
Observando a frase do Nuno Alegria (“Acho que o filme alerta-nos para questões essenciais”), ocorre-me um dos problemas fulcrais de Crash. O filme não “alerta”, o filme impinge. Explicando melhor. A meu ver, Crash não possui a subtileza necessária. Paul Haggis apresenta-nos um leque de seres humanos planos, pretensamente contraditórios, que transpiram um estereótipo lamechas e sem ponta de profundidade. Prefiro filmes sugestivos que conseguem pôr o espectador a reflectir, a relacionar e a tirar conclusões. Não gosto de películas óbvias e simplistas.

Quanto ao comentário do Jorey. Sou uma leitora assídua da crítica cinematográfica que se faz em Portugal e ainda não li textos que atacassem Crash. Desta forma, parece-me que a minha opinião nada tem de banal. Mas pegando no teu adjectivo, relembro-te de que “sistemas de conceitos circulares” são algo bastante “banal” no cinema dos nossos dias. Sem querer tirar o mérito narrativo e fílmico de Paul Haggis (belos raccords), atrevo-me a dizer que prefiro a circularidade dos filmes de Guy Ritchie.

Até breve!

Anónimo disse...

"Sou uma leitora assídua da crítica cinematográfica que se faz em Portugal e ainda não li textos que atacassem Crash. Desta forma, parece-me que a minha opinião nada tem de banal."

Este silogismo parece-me pouco coerente. O que é que um facto permite concluir sobre o outro? Quer dizer que quando alguém diz mal de uma coisa, desde que essa coisa ainda não tenha sido negativamente criticada, lhe retira imediatamente a possibilidade de ser banal? Parece-me que existe aqui uma petição de princípio, o que, a meu ver, é flagrantemente banal, apesar de muito em voga.

Até breve!

Jorey

Anónimo disse...

"Existencialismo relacional pré-dado por sistemas de conceitos circulares"... Esta tua "petição de princípio" é a coisa mais banal que alguém poderia ter escrito. Bullshit. Deves ser um teórico assez coincé...

Anónimo disse...

A atenção de Teresa Seguro,

Como calculará, o meu comentário foi dirigido à minha querida amiga Mafalda. Como julgo que Vossa Excelência não tem mandato para defesa da visada, deixo-lhe o mais profundo silêncio sobre o seu comentário.

Jorey

Anónimo disse...

Sim senhor... temos jurista!

Anónimo disse...

IT TAKES ONE TO KNOW ONE

Jorey

Anónimo disse...

Gosto do modo como aqui se fala de cinema. beijoka e continua o bom trabalho*

Anónimo disse...

O que é isto? é um blog de cinema ou de poesia?

Anónimo disse...

100% de acordo com o Nuno Alegria a respeito do "Colisão",os comentários da Mafalda não fazem sentido.