26 janeiro 2005

O fato amarelo que não se esquece



Se há actriz que tem vindo a somar vitórias incontestáveis tem sido a Uma Thurman. Olhando para o seu palmarés profissional, damos de caras com nomes como Andy Garcia, Bill Murray e Woody Allen. Contudo, também encontramos prestações menos fantásticas. Nesse aspecto, o filme de Van Sant é uma referência incontornável mas totalmente ultrapassada.
Alguma pessoa poderia imaginar que a Cécile de Volanges de Dangerous Liaisons se iria transformar, 16 anos depois, numa justiceira coberta de pó e terra? E, mais do que isso, alguém poderia supor que adoraríamos vê-la assim? Só Tarantino para pressentir todo este êxito e fazer dela a sua musa.
Sempre achei que, por muitas palavras que usasse, nunca conseguiria descrever a sensação ou mesmo o impacto de a ver em Kill Bill. Plano a plano, sequência a sequência, lá está Uma Thurman a maravilhar numa obra reconhecida simultaneamente pelo público e pela crítica. Proponho que divaguemos até ao momento em que se trocam duas célebres frases.

(Lucy Liu: “You didn't think it was gonna be that easy, did you?”
Uma Thurman: “You know, for a second there, yeah, I kinda did.”)

Poderá não ter sido fácil mas valeu a pena. É pouco provável que voltemos a assistir a algo semelhante. Obrigada Uma Thurman!

5 comentários:

Anónimo disse...

Tenho apenas a acrescentar que Pulp Fiction se alimenta em grande medida do carisma electrizante de Uma... Que mulheraça poderosa!

Constança

Anónimo disse...

“Poderá não ter sido fácil mas valeu a pena. É pouco provável que voltemos a assistir a algo semelhante. Obrigada Uma Thurman!"
Mafalda Azevedo


Não há luz e corpos sem sombras. E os filmes e as carreiras, como a vida, têm luz e sombras.
Concordo em absoluto, o que não é fácil vale muitas vezes a pena. Os seres humanos têm normalmente para todas as situações, soluções fáceis e convencionais. Apesar disso, creio sinceramente, que às vezes não devemos fugir e devemos preferir o difícil: tudo o que vive cabe lá. Se soubermos dar respostas ao difícil estamos indubitavelmente preparados para viver e a vida torna-se intensamente mais simples.
Continuem com o vosso trabalho, porque é muito provável que voltemos a assistir a algo semelhante: ou seja textos plenos de inteligência, sensibilidade, perspicácia e sentido crítico.

Anónimo disse...

Resposta ao Doutor_Cabe

É notorio q n conheces a Mafalda pq se conhecesses, nunca escreverias coisas dessas. Ela é uma das poucas pessoas q respeita realmente TODA a gente e q grama mesmo cinema. Ou seja, n usa frases pseudo intelectuais e n censura a opiniao de ninguem, a menos q essa opiniao so tenha um fim ofensivo.
Faz-nos o favor de te limitares a escrever sobre os textos!

Anónimo disse...

Não me parece que o nome Dr. Cabé faz com que não sejas anónimo. Porque é que não assumes o teu verdadeiro nome de uma vez por todas?
E porque é que em todos os teus comentários dá a impressão que o que vens discutir não é cinema, mas sim assuntos pessoais, e críticas directas à Mafalda?
Os pais também me ensinaram que lavar roupa suja em público é muito feio!
Eu msm

Mafalda Azevedo disse...

Caros intervenientes:

Quando concebemos o Mise en Abyme, fizemo-lo com duas intenções. A primeira relacionava-se com a oportunidade de escrever sobre uma paixão em comum e a segunda tinha a ver com a concepção de um espaço onde todos pudessem dar a sua opinião sobre o Blog, sobre os textos apresentados e sobre o cinema em geral.
Infelizmente, tenho constatado que há alguns intervenientes, com melhores ou piores intenções, que têm escrito comentários onde não há uma única alusão aos temas acima referidos. Peço-vos encarecidamente que parem de o fazer ou passaremos a censurar todo o comentário que nada tenha a ver com a essência do nosso projecto.
Obrigada e bons filmes!